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Tratamento especial

Novos guardas municipais serão treinados para lidar com o turista gay, a partir de setembro deste ano.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 20 de Maio de 2011

RIO - Os 570 guardas municipais que passarão a atuar na cidade em setembro, depois de concluir o curso de formação iniciado na semana passada, serão preparados para receber o turista gay e prestar atendimento à população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). O tema integrará a capacitação dos novos agentes devido à mobilização do poder municipal no combate à homofobia e ao crescimento da procura dos turistas gays pela cidade.

A Riotur trabalha com uma estimativa da Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (Abrat GLS) de que cerca de 25% dos visitantes na cidade são gays. A mesma pesquisa indica que eles gastam 30% mais do que turistas heterossexuais.

A Guarda está seguindo orientação do prefeito. Não se pode mais ignorar a homofobia. Os novos agentes, que são a última leva de aprovados no concurso de 2008, poderão repassar a formação a outros guardas. O conhecimento virá da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, que já preparou a corporação para atuar no carnaval - diz o coronel Cláudio de Almeida Neto, chefe de gabinete da Guarda Municipal.

Para fazer jus ao título de melhor destino gay no mundo, a cidade ganhou na quarta-feira um conjunto de políticas públicas que buscam garantir o exercício da cidadania da comunidade LGBT. Em cerimônia no Palácio da Cidade, o prefeito Eduardo Paes assinou dois decretos. O primeiro obriga os postos de atendimento de serviços públicos a exibir a Lei 2.475/96, que proíbe a discriminação ligada à identidade de gênero ou à orientação sexual. O outro garante o uso do nome social a travestis e transexuais, na condição de servidores ou usuários de serviços da prefeitura.

Paes destacou o alinhamento das esferas federal, estadual e municipal no combate à homofobia. A declaração feita pelo governador Sérgio Cabral na última segunda-feira, sobre a participação de policiais fardados em paradas gay, foi classificada pelo prefeito como "a opinião pessoal", que não pode ser encarada como uma polêmica .

O governador emitiu sua opinião pessoal. Ele tem sido importante nessa luta contra o preconceito no país - lembrou Paes, afirmando ainda que a eventual participação de guardas municipais em eventos como a parada gay depende do estatuto da corporação.

Segundo Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual, a ideia da capacitação gratuita é informar sobre as leis de proteção à comunidade LGBT:

Vamos focar especialmente na Lei 2.475/96. O decreto que a regulamenta prevê medidas contra os estabelecimentos que discriminem gays, que vão de uma advertência à cassação definitiva do alvará.

Tufvesson assinou uma portaria que determina a formação, em 30 dias, de uma frente de trabalho na prefeitura para coibir a prática de bullying motivada por homofobia. Ele anunciou ainda que será possível denunciar casos de homofobia no novo site da coordenadoria : www.cedsrio.com.br

Fonte: G1

21-05-2011 às 15:20 Jerônimo Receita
Qual o objetivo do Governo do Rio ao promover uma campanha antihomofóbica ? Além de atrair turistas, as urnas eletrônicas são o alvo, é óbvio. Seja como for, está coberto de razão quem diz que os fluminenses combatem a homofobia enquanto os paulistas e paulistanos nem a discutem, e não movem um dedo para aplacá-la. E os casos de violência homofóbica são frequentes na Pauliceia. Reage, São Paulo! Segue o exemplo do Rio! Faze alguma coisa para conter os que desrespeitam a todos nós, agindo como se fôssemos a escória da sociedade. Não o somos, não. Aqui em Porto Alegre, os neonazistas queriam, há cerca de um mês, detonar os homossexuais, os negros e os nordestinos no dia em que Hitler faria aniversário. A Polícia Civil saltou na frente e avisou: repressão a esses insensatos. Não houve um pio dessa gente naquele lamentável dia. Parabéns à Polícia gaúcha. Parabéns ao Governo do Rio. E São Paulo, não durmas de touca. Age e reage. Se não cruzamos os braços, os homofóbicos não mostram as manguinhas de fora. Abaixo a homofobia!
20-05-2011 às 20:22 Paulo
VIADO PAULISTA; Essa é uma matéria séria sobre políticas públicas de combate ao preconceito. O seu comentário é válido, mas me parece inadequado para um contexto de debate político. Seria adequado em uma sala de bate papo de sexo ou numa notícia sobre atores pornôs. A inadequação do comentário, no contexto do debate político, é utilizada pelo opositores da causa para legitimar suas opiniões preconceituosas. Vamos refletir!
20-05-2011 às 16:09 Euzim
Realmente, vão á Sampa para serem espancados. O governo do Rio tem feita uma campanha muito boa de tolerância, enquanto em Sâo Paulo nem discutir homofobia eles querem. Mas também, o que esperar de um estado de Serra e Malafaia, né?
20-05-2011 às 11:06 VIADO PAULISTA
Os gays vão ao Rio ver a paisagem mas quando querer fuder gostoso vem a Sampa. Não é?