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Eros Impuro

Peça tem arte, loucura, abuso sexual e seus efeitos colaterais. Confira!

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 09 de Outubro de 2013

O ator Jones de Abreu como o artista plástico Andrei em cena da peça O ator Jones de Abreu como o artista plástico Andrei em cena da peça "Eros Impuro"

O espetáculo "Eros Impuro", que estreou em 2011 patrocinado pelo Prêmio Miriam Muniz e pelo Fundo de Apoio à Cultura do GDF para Itinerância, já fez temporada em Brasília e apresentações em Vitória, Goiânia, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Belém e João Pessoa.

Agora chega a São Paulo em trânsito, já com passagens compradas para Fortaleza, São Luís e Porto Alegre. A temporada paulistana, no Teatro Pequeno Ato, estreia hoje e vai até 10 de novembro. As sessões acontecem de quarta a domingo às 21 horas, com espetáculos gratuitos às quartas.

O personagem Andrei, vítima de abuso sexual, procura na arte o caminho para se livrar de suas angústias. O pintor acredita que sua redenção virá quando conseguir reproduzir na tela a energia sentida no momento do ato de violência. Usando garotos de programa como modelos vivos, Andrei é acusado de pornográfico e condenado pela sociedade conservadora. Preso em seu próprio erotismo e marginalizado pelo circuito comercial das artes, ele produz sua obra acuado em seu processo obsessivo de criação.

O protagonista, o ator e artista plástico Jones de Abreu, serviu de ponto de partida para o autor, o vencedor do Prêmio Jabuti Sérgio Maggio, que se inspirou no processo criativo de Abreu para questionar os limites entre a arte erótica e a pornografia. Jones conta como a sexualidade influenciou sua obra. Professor de história da arte, ele convivia com colegas que tinham dificuldade em apresentar algumas obras para as crianças, mesmo de mestres como Michelangelo e Leonardo da Vinci, por apresentarem corpos nus.

“Ao mesmo tempo, crianças me procuravam depois da aula para conversar sobre seus problemas em casa. Uns sofriam violência física e assédio moral, outros confessavam sentir desejo pelos colegas. Eles queriam saber se isso era natural. Ficava em mim uma responsabilidade em relação à vida dessas crianças. Daí minha preocupação de questionar o que é de fato erótico ou pornográfico dentro de uma obra de arte.”

A peça é uma produção da companhia Criaturas Alaranjadas, que nasceu em Brasília em 2007. Nos dias 15, 22 e 29, o grupo fará também a oficina O Exercício da Crítica Teatral, das 19h às 22h, no Teatro Pequeno Ato. Serão 20 vagas com inscrições gratuitas pelo emailerosimpuro@gmail.com

Serviço:

Local: Teatro Pequeno Ato - Rua Doutor Teodoro Baima, 78 - República - São Paulo – SP – Telefone: (11) 99642 8350.

Temporada: De 9 de outubro a 10 de novembro. Quarta a sábado às 21h; domingos às 19h. Sessões gratuitas às quartas.

Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia-entrada). Às quartas-feiras as sessões são gratuitas.

Classificação etária: 18 anos.

12-10-2013 às 12:31 Osnar Clarinete
Porto Alegre, um dos roteiros da peça, está crivada de gays. Logo, há um belo público que se interessaria por esse espetáculo. Lembro aos produtores que uma boa divulgação é essencial para atrair plateias. Não se esqueçam de que o gay gaúcho, modéstia de lado, é, em geral, culto, sensível e apoiador dos bons eventos culturais. Não é por acaso que figuras como Lupicínio Rodrigues, Elis Regina, Edu da Gaita, Nélson Gonçalves, Glória Menezes, Paulo José, Lenora Cavali, e Itala Nandi, entre outros artistas, nasceram na terra dos gaudérios.
10-10-2013 às 05:11 LOIRO
ADOROO PEÇAS TEATRAIS COM ESSES TEMAS SEXUAIS POLÊMICOS BASEADOS EM HISTÓRIA REAL!!! SEMPRE VALE A PENA VER!!! ASSISTI A PEÇA SOBRE UM TRAVESTI AQUI CHAMADA GABRIELA NA MINHA CIDADE-FSA ...FOI MARAVILHOSA !!!ESSA DEVE SEGIUR NO MESMO ESTILO