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Crime de preconceito

Pela primeira vez, Justiça condena procurador que se dizia skinhead na internet.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 28 de Agosto de 2014

Pela primeira vez, a Justiça de Brasília condena alguém por crime de preconceito com base em comentários publicados na internet. E o acusado é ninguém menos que um procurador federal, Leonardo Lício do Couto.

Ele foi condenado a dois anos de prisão pela prática do crime de racismo pelas declarações que emitiu em um fórum de discussões na internet.

A pena será transformada em alternativa e a multa será no valor de dez salários mínimos. Ainda cabe recurso ao procurador contra a decisão da 3ª Vara Criminal de Brasília.

O caso ocorreu em 2007 - há sete anos - quando Leonardo escreveu em um fórum de concursos públicos que "negros, nordestinos e judeus eram uma gentalha" e que "representavam a escória da sociedade". Durante o julgamento, Leonardo reconheceu a autoria da publicação e tentou garantir que tudo não passou de uma brincadeira.

Apesar da defesa, as provas mostraram que ele reconheceu que as declarações eram de fato o que ele pensava. "Na verdade, não sou apenas antissemita. Sou skinhead. Odeio judeus, negros e, principalmente, nordestinos (...). Não, não. Falo sério mesmo. Odeio a gentalha a qual me referi. O ARGUI deve pertencer a um desses grupos que foram a escória da sociedade".

De acordo com a 3ª Vara Criminal de Brasília, propagar por meio de comunicação social esse tipo de "opinião" configura, sim, o crime de racismo, objeto do art. 20, § 2o, da Lei n. 7.716/1989″.

Para o promotor Thiago Pierobom, a condenação serve de exemplo para outras pessoas que apostam no anonimato e na impunidade para proferir ataques discriminatórios nas redes sociais.

"Não é aceitável que se tolerem expressões graves de discriminação e depois se tente justifica-las como atos de brincadeiras. Não se brinca de racismo. É necessário criar um cordão sanitário contra todas as formas de discriminação", declarou.

31-08-2014 às 11:55 Fé em Deus
Ainda dizem que estudar, formar-se e atuar são principais quesitos para exemplo de dignidade humana. Cada dia que passa não restam dúvidas sobre a sociedade em que vivemos, onde estudantes formandos usam drogas, médicos que fazem de pacientes apenas material de trabalho, policiais ladrões e assassinos, advogados do diabo, funcionários públicos arrogantes e desaforados e por aí vai o abissal das pessoas "boas" que formam a classe média alta brasileira!
30-08-2014 às 22:35 love
Gente ruim tem em todas as profissoes..
30-08-2014 às 18:31 DRUMOND
E OLHA QUE O CARA TEM UM CARGO ALTO. DEVERIA PERDER ESSE CARGO ALEM DAS OUTRA PENAS. UMA PESSOA ASSIM TEM QUE SER BANIDO. FICAR NO ANONIMATO E MONITORADO.
29-08-2014 às 12:46 Euzim
Exemplos assim mostram que aquela famosa frase "educação é a salvação de uma nação" é só palavrinhas bonitas, mas que fogem - e muito - da realidade.
29-08-2014 às 02:37 Edmilson
Que sirva de exemplo para nossa juventude gay: em vez de ficar caçando na Internet, procurar estudar para ocupar os melhores cargos (e dar bom exemplo). Porque os pilantras já sabem disso há anos!
28-08-2014 às 20:01 Assinante de Recife
Nenhuma notícia com relação a "justiça" do Brasil me empolga mais, pode ser a "favor" dos gays, dos héteros, da mulher, do homem, dos gordos, das feios, dos bonitos, dos altos, dos baixos. ... Depois que aquele exemplo de vida chamado Joaquim Barbosa, um homem pobre, negro, que foi faxineiro, e lutando chegou ao topo da justiça brasileira de uma hora pra outra teve que "renunciar" porque obviamente estava desagradando os réus do mensalão do PT. Ou seja o cara é de origem pobre, negro, passou anos estudando e com muito merecimento chega ao cargo mais importante da "justiça" do Brasil, tem que "renunciar", isso naturalmente pra não desagradar um bando de corruptos que não querem largar o osso, a "justiça" no Brasil é uma piada.
28-08-2014 às 13:01 matheus
o que quer dizer ( O ARGUI )? alguém culto aqui nesse site?