por Redação MundoMais
Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2014
Se os gays pudessem doar sangue, mais de 1,8 milhão de vidas poderiam ser salvas.
De olho nesse número extremamente positivo, o Órgão regulador da saúde nos EUA, a FDA (Food and Drug Administration) passou a debater a possibilidade de cidadãos LGBTs doarem sangue, derrubando o veto estabelecido em 1983, quando a AIDS atingiu o patamar de epidemia.
Na discussão entre os 17 membros que compuseram o debate, várias hipóteses foram levantadas para que isso se torne realidade. A mais plausível é que homens gays fiquem fiquem 12 meses em abstinência sexual.
Ou seja, gays que são sexualmente ativos continuariam sendo proibidos de doar, já que o sexo anal sem preservativo continua sendo uma das formas mais perigosas de contágio do HIV. A boa notícia é que essa política já foi adotada na Austrália, Grã-Bretanha e Japão.
Obviamente, ainda existe uma galera que continua defendendo o veto, mas a FDA está levando em consideração todas as linhas de pensamento, antes de bater o martelo sobre a decisão. "Enquanto revemos nossa política de doação de sangue, a principal preocupação do FDA é continuar a garantir a segurança do sangue e seus derivados fornecidos para os pacientes", declarou a porta-voz Jennifer Rodriguez à agência AFP.
Para o médicoToby Simon a preocupação de colher sangue infectado pelo HIV é desnecessária, uma vez que é realizado exames pontuais antes da transfusão. "A comunidade do banco de sangue analisou os dados e sente que pode cientificamente e clinicamente apoiar a mudança".
Um representante da Campanha dos Direitos Humanos disse que a mudança para que gays em abstinência possam doar sangue é positiva num primeiro momento, mas que tal decisão deveria ser aplicada para todas as pessoas, independente da orientação sexual. Vale lembrar que no Brasil, nós gays também não podemos doar sangue.