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Beira-Mar

Filme brasileiro leva temática gay ao Festival de Málaga.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 22 de Abril de 2015

O longa-metragem de temática gay "Beira-Mar", que concorre na seção Território latino-americano do Festival de Málaga (Espanha), é um relato que tem "como guia a amizade", explicou neste domingo seu diretor, o brasileiro Marcio Reolon, após a exibição do filme. Codirigido por Filipe Matzembacher, é o primeiro longa-metragem de ambos, e conta a história de dois jovens que durante o inverno decidem fazer uma viagem à costa, e assim, retomar sua amizade. No debate depois da exibição do filme no festival, Reolon explicou que conceberam o filme como um "relato baseado na memória" e consideraram a câmera "o terceiro amigo" que viaja com os personagens.

"O que vemos são as memórias desse terceiro amigo, por isso algumas imagens estão mais claras e mais nítidas e outras mais confusas, como ocorre com a passagem do tempo, porque em algum momento o amigo estaria mais distante e outras mais perto", detalhou. O filme, rodado com baixo orçamento (cerca de R$ 160 mil) e definido por seu diretor como "independente", estreará em novembro, mas já passou pela seção Fórum do Festival Internacional de Berlim e pelo Festival de Guadalajara, onde recebeu uma menção especial do júri. "É um filme sobre juventude, um diálogo honesto com a juventude, das coisas que um amigo descobre sobre o outro que não sabia antes", assinalou.

O diretor mencionou que construíram os dois personagens - Martin e Tomaz - a partir de "vivências próprias, mas que, apesar disso a história não é real em si, nem autobiográfica". "Filmamos em ordem cronológica, pensamos na narrativa como algo diagonal, no qual vão descobrindo pouco a pouco os personagens, e ir pouco a pouco agregando coisas", explicou. Reolon explicou que nos últimos dois ou três anos é "o cinema com temática gay se tornou mais comum no Brasil, mas não porque necessariamente haja um momento de maior receptividade, mas de maior urgência e necessidade, de falar com delicadeza sobre a sexualidade".

23-04-2015 às 10:04 jean pierre
Espero que o filme venha mesmo a contribuir para nos tirar do holofotes injustos da hipocrisia social desavergonhada que tenta nos usar como bode expiatório para suas frustrações. Afinal, somos apenas tão humanos quanto qualquer um. Quero ver o filme.