por Redação MundoMais
Quarta-feira, 27 de Maio de 2015
Alguns vinham se queixando que o cinema gay estava restrito a produções independentes. Mas parece que uma virada está em voga e ao menos quatro grandes produções, ainda sem data exata de lançamento no Brasil, devem ficar no radar. A gente mostra os principais lançamentos de 2015.
Começamos com Carol, romance com Cate Blanchett, do diretor Todd Haynes, que entusiasmou parte da crítica no Festival de Cannes. Diz que é tão lindo como "Longe do Paraíso" (2002), filme do mesmo cineasta em que Juliane Moore se entrega a um jardineiro negro. Assim como "Longe do Paraíso", Carol se passa na década de 50 e tem Cate como protagonista, claro. Ela é uma mulher casada, madura, sofisticada, porém frágil, que acaba se envolvendo com Therese, personagem interpretada pela não menos brilhante Rooney Mara – que já ganhou por esse papel o prêmio de melhor atriz em Cannes.
Outro filme que deve chegar em julho – após longa controvérsia de bastidores, por ser um dos quatro filmes póstumos de Robin Williams, ator que se suicidou em agosto do último ano, é Boulevard. Nele, Williams vive um homem de meia idade casado por conveniência e com uma vida secreta, que acaba se apaixonando por um garoto de programa. Quem já viu o filme em suas exibições diz que é simplesmente sensacional.
Um dos mais aguardados é "I Am Michael". É um drama independente de Justin Kelly com James Franco e Zachary Quinto na papel de namorados – e cuja cena de uma imagem de sexo a três já roda na internet. A história gira em torno de Franco, um ex-editor de revista gay que se converte em pastor e diz ter encontrado a cura para a homossexualidade. Ui!
E como a diversidade é tudo, ainda tem "The Danish Girl", previsto para o fim do ano e protagonizado por Eddie Redmayne – ganhador do Oscar de melhor ator por "A Teoria de Tudo". Na película de Tom Hooper, o ator vive a transexual Lili Elbe e trata-se de um longa inspirado na história real do pintor dinamarquês Einar Mogens Wegener, pioneiro da cirurgia de mudança de sexo, que se submeteu a uma série de operações até então experimentais em Berlim, em 1930. Ela morreu devido à rejeição de órgãos após uma tentativa de transplantar um útero. Nas prévias do filme num festival dinamarquês, os críticos apostaram que o ator pode até ser indicado para outro Oscar.
2015, ao menos na sétima arte, está super LGBT, não?