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LGBTfobia

Policiais são presos após espancamento e morte de travesti na zona leste de SP.

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 24 de Junho de 2015

Dois policiais militares foram presos no último sábado (20), sob a suspeita de participação na morte da travesti Laura de Vermont, 18 anos. Os PMs Ailton de Jesus, 43 anos, e Diego Clemente Mendes, 22, são do 39º Batalhão, na zona leste de São Paulo, e foram presos em flagrante após mentir para a Polícia Civil sobre um tiro disparado contra Laura.

Na noite de sexta-feira (19), Laura saiu de casa, na Vila Nova Curuçá, onde vivia com pai, mãe e irmã, para participar de uma festa com amigos na avenida Nordestina, uma das mais movimentadas da periferia da zona leste da capital paulista. Por volta das 4h de sábado, Laura foi vista caminhando desesperada pela avenida Nordestina, toda ensanguentada e desorientada.

Avisada sobre a situação da jovem por uma ligação para o 190, a Polícia Militar mandou um carro para socorrê-la. Um homem chegou a gravar imagens de Laura naquele momento de pânico, que você vê logo abaixo.

Na versão dos PMs, quando eles chegaram à avenida, Laura estava extremamente agitada e, sem que os dois militares percebessem, a jovem travesti assumiu o volante do carro da PM e partiu em alta velocidade, vindo a perder o controle e bater contra o muro de um condomínio poucos metros depois. “A versão de que minha filha pegou o carro da PM é estranha. Ela não sabia dirigir”, disse o comerciante Jackson de Araújo, pai de Laura.

Inicialmente, o PM Mendes afirmou que chegou a se pendurar no carro da polícia para tentar impedir que Laura fugisse com o carro, foi arrastado e sofreu alguns ferimentos.

Mendes e Ailton disseram também que Laura, após bater o carro da PM contra o muro de um condomínio residencial, desceu do veículo e continuou a correr pela avenida Nordestina, sendo atingida na cabeça por um ônibus, que não parou. Ainda desnorteada, a travesti seguiu sua tentativa de fuga e bateu novamente a cabeça, dessa vez contra um poste. Foi quando ela caiu e ficou à espera de socorro.

Os PMs disseram ter socorrido Laura e a levado ao pronto-socorro do Hospital Municipal Professor Waldomiro de Paula, mas a família da jovem os desmente. “Fomos nós, a família, que levamos minha irmã para o hospital”, disse Rejane Laurentino de Araújo Neves, 32 anos, irmã de Laura.

Pouco tempo depois de chegar ao pronto-socorro, Laura morreu e os PMs foram para o 63º Distrito Policial (Vila Jacuí) relatar à Polícia Civil a versão deles para a morte da jovem. Foi quando apresentaram um relato de 18 linhas sobre o caso.

Cerca de duas horas após o registro do primeiro boletim de ocorrência sobre a morte de Laura, os PMs retornaram ao 63º DP e, dessa vez, traziam junto um rapaz de 19 anos, apresentado pelos militares como “testemunha” do caso.

À delegada, o jovem de 19 anos contou que bebia com amigos em um posto de gasolina quando Laura chegou desorientada, ensanguentada e pedindo ajuda. Disse também que, após 20 minutos, um carro da PM chegou à avenida para socorrer Laura e que viu quando a jovem assumiu o controle do veículo, fugindo, sem ser contida pelo PM Mendes, que se pendurou na porta.

Dois detalhes sobre a “testemunha” apresentada pelos PMs chamou a atenção da delegada e dos investigadores do 63º DP: o jovem fez questão de enfatizar que não havia ouvido nenhum disparo de arma de fogo quando os policiais tentavam impedir Laura de assumir o controle do carro da PM. O rapaz também ficou cerca de meia hora conversando com os dois PMs, perto do 63º DP, sem que a delegada fosse informada se tratar de uma testemunha presencial.

Desconfiados da riqueza de detalhes da versão narrada pela “testemunha” apresentada pelos dois PMs, os policiais civis do 63º DP resolveram ir aos locais por onde Laura passou e encontraram manchas de sangue em locais não citados pelos policiais militares.

Imagens de câmeras de segurança também foram apreendidas e, após analisá-las, os investigadores e a delegada Ivna descobriram que os PMs e a “testemunha” apresentada por eles haviam mentido ao dizer que nenhum tiro foi disparado pelos militares contra Laura. Antes de ser baleada, Laura foi chutada por um dos PMs, logo após descer do carro da polícia já batido.

Ao analisar o corpo de Laura no IML (Instituto Médico Legal), os policiais civis descobriram que a jovem tinha lesões no rosto, tronco e nas pernas. A marca do disparo dos PMs estava em seu braço esquerdo.

Quando voltaram para o 63º DP, os policiais civis pressionaram os PMs e sua “testemunha” e todos resolveram contar a verdade. O PM Ailton assumiu ter atirado contra Laura “porque ela havia apresentado resistência e porque os meios menos letais mostraram-se ineficazes para vencer a resistência e a iminência de injusta agressão”.

Ao ser questionado sobre a mentira nos dois boletins de ocorrência registrados antes pela morte de Laura, o PM Ailton disse à Polícia Civil “ter receio de se prejudicar e sofrer represálias da lei”.

Já o PM Mendes disse à Polícia Civil que “foi instruído por [o PM] Ailton a não relatar a verdade dos fatos, mas se manter em silêncio e apenas aquiescer com o que ele fosse narrar”. Mendes disse ter medo de sofrer represálias por parte de Ailton, com quem trabalhava apenas pela quinta vez. Mendes afirmou também que procurou seus superiores na PM para informar sobre a farsa com a qual havia colaborado.

O jovem de 19 anos, a “testemunha” dos PMs, confirmou ter sido orientado pelo PM Ailton a mentir. O PM chegou a entregar um pedaço de papel a ele para que a versão fantasiosa sobre a morte de Laura fosse narrada à Polícia Civil. “Ele pediu para que eu treinasse a fala para que toda a história fosse coerente”.

Os PMs Ailton e Mendes foram presos em flagrante por falso testemunho e fraude processual. Ambos também serão investigados pelo homicídio de Laura, de acordo com a Polícia Civil.

Na tarde de sábado (20), ao ser questionada pela reportagem sobre a prisão dos dois PMs, a assessoria de imprensa da Polícia Militar de São Paulo afirmou que não havia nenhuma prisão de militares pela morte de Laura.

Em nota, a SSP informou que a Polícia Civil registrou a ocorrência como homicídio simples e que segue em investigação no 32º DP. Os dois PMs envolvidos na ocorrência foram encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes. A conduta dos PMs também está sob investigação da Corregedoria da corporação. Para não prejudicar as investigações, mais informações sobre o caso não serão fornecidas enquanto o inquérito não for concluído.

26-06-2015 às 12:33 Gato Senhor Eu Menina Tá
Policial usando uniforme em nome da leis para uso da sociedade noite dia qualquer parte local cidade bairros class de nivel social economico ! Aprocura de trava transsex para um bom bate-papo ou algo mais um teco cheiro no pó descretamente dentro ou fora da viatura carro seguro é as cameras deste carro viaturas das rua nada de video youtube para compravação do morto arquivado inqueritos da liga mais movimentada ilgbttq .
26-06-2015 às 11:57 Marquinhos Moura
Bom, a trava já vinha caminhando toda ensanguenta pela avenida antes da ação frustrante da polícia. Presume- se que estava embriagada, mas fica a dúvida: foi vítima de violência na rua ou estava com o demônio no corpo- não estou julgando. A partir daí, uma série de acontecimentos que denotam o estado agressivo da trans. O policial mentiu sobre o tiro disparado, que já mostra o despreparo de certos policiais, mas então, a jovem bater a cabeça duas vezes e conduzir o carro da PM foi tudo encenado. O policia foi abusivo e inseguro, mas a bicha tava louca!
25-06-2015 às 20:55 acordem amigas
vcs pensam que todos os heteros que dizem naum eu naumtenho preconceito vai nesta! vejo um nb monte de bee toda amiguinha de hetero cuidado! agente naum precisa se fechar mas tem que ficar esperto
24-06-2015 às 23:20 Sakura
Eu conheço gente que ja deu o cú para pmS e come ubtb e nunca aconteceu nada. Todo mundo saiu feliz. E ai o que me dizem?
24-06-2015 às 20:54 Loiro
Os policiais agiram com brutalidade e sem nenhuma ética. Que história mal contada.
24-06-2015 às 20:26 Tremily
O governo do estado e despregarão, a policia militar e civil e despreparada,sao um bando de ignorantes tentando cuidar da humanidade refém desses incompetente.
24-06-2015 às 20:06 Passado Q Pena Ainda
Muito triste ! Onde fica a forma nome da lei poder deste fardados.com policial a cartilha apps treinamentos ainda ñ chegou até a eles policial armas de uso carro viaturas de forma de coleçâo ! Ainda se preocuparem correrem por atrás de dialogas com mulheres do séuculo virtual prostituiçâo dia noite em centro local bairros cidade avenidas a procura ou afim do sexo pago é ñ seguro ! Em Policial Vergonhosos Homens da LEÍS .
24-06-2015 às 20:04 loka
e as bichas aqui adoram dar o rabo pra polícia. fantasiam dando o rabo pra policiais. depois que aparecem numa valeta morta, reclamam que sofrem perseguição. aprendam viadinhos.
24-06-2015 às 20:03 Machonavara
concordo com Bakural. policiais são tão bandidos como os próprios bandidos. imundos e vagabundos. entram na polícia só o que não presta.
24-06-2015 às 12:19 BAKURAL
Policiais.... Raça desumana e desonesta...sempre abusando de autoridade...90%deles fazem disso...é lamentável