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Museu dedica podcast especial a Tibira no Dia dos Povos Indígenas

Primeiro caso de homofobia documentado no país, Tibira foi executado em 1614, em praça pública, acusado de sodomia.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, o Museu da Diversidade Sexual, uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo, separou uma programação voltada para a data.

Na próxima sexta-feira (19), um novo episódio do Podcast MDS irá ao ar, às 18h e terá como tema Tibira do Maranhão, primeiro caso de execução por LGBTfobia documentado no Brasil. O episódio conta com a participação de Juão Nyn, ativista e pessoa autora do livro “Tybyra: Uma Tragédia Indígena Brasileira”. Além disso, também será disponibilizada uma versão do episódio no YouTube.

Conheça Tibira

Tibira, cujo significado é “homossexual” em tupi, foi condenado à morte em praça pública em 1614, pelo frei da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Yves d’Évreux, acusado de sodomia. Apesar de tentar fugir pela floresta, o indígena foi capturado pelos franceses. Amarrado a um canhão, foi batizado pelo frei em nome de São Dimas antes de ser disparado.

“Ao lembrar casos como o de Tibira, fica claro que a diversidade sexual é algo que sempre existiu em nosso território, e que a violência e intolerância são problemas estruturais que precisamos erradicar da sociedade”, destaca o Gerente de Conteúdo do Museu da Diversidade Sexual, Tony Boita.

Em 19 de abril de 2023, as deputadas federais Célia Xakriabá (PSOL-MG) e Erika Hilton (PSOL-SP) protocolaram um projeto de lei para incluir o nome de Tibira do Maranhão no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

“Hoje, então, se faz necessário de reconhecer o heroísmo de Tibira do Maranhão, ao ousar ser quem se era e por defender seu território, incluindo seu nome no livro dos heróis nacionais brasileiros”, escreveram as parlamentares nas redes sociais.