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Será que foi por causa da TPV?

Bruno, um carioca de 20 anos de idade, sempre namorou garotas. Quando conheceu Carlos no cursinho pré-vestibular, iniciou-se uma grande confusão na sua cabeça. Uma das mais belas histórias narradas aqui no MundoMais.

por Bruno

Quinta-feira, 16 de Setembro de 2010

Meu nome é Bruno, tenho 20 anos, 1,80m, 90kg, sarado, moro no Rio de Janeiro e no ano passado prestei exame para o vestibular. A história que eu irei narrar para vocês foi algo inusitado para mim.

Em fevereiro de 2009 eu estava me preparando para entrar num curso pré-vestibular. Inscrevi-me, fiz a prova para entrar e passei. No início do cursinho a galera era muito tímida. Alguns professores eram chatos, outros bem legais e a turma foi aos poucos se conhecendo. Como você deve saber, no inicio as turmas são cheias, mas só os fortes sobrevivem até o final. Neste curso não foi diferente. Já por volta de abril, as salas começaram a ficar vazias. O coordenador então decidiu juntar algumas turmas e mais gente nova apareceu na minha sala.

Turma nova, pessoal se conhecendo e eu fazendo novas amizades. Um garoto sentou-se atrás de mim. Ele tinha 18 anos e era um pouco mais baixo do que eu. Não era lindo, mas tinha algo que chamava atenção. Eu me apresentei:

– Fala aí, cara, tudo beleza com você?

– Tudo. – respondeu ele.

– Prazer, meu nome é Bruno.

– O meu é Carlos.

Começamos a conversar e acabamos descobrindo que estávamos nos preparando para o mesmo curso de graduação.

O tempo foi passando e nós nos tornamos cada vez mais amigos. Um sempre guardava o lugar do outro, estudávamos juntos, tínhamos as mesmas dúvidas, ficávamos sempre conversando nos intervalos e quando tinha passeio do curso, se um não fosse, o outro também não ia.

Carlos para mim era um amigo que eu não tinha feito no meu ensino médio. Tive bons amigos, mas não como o Carlos. Eu e ele estávamos muito nervosos com a prova do ENEM e ele ficou muito frustrado com o vazamento da prova. Eu o convenci de que isso foi algo bom para a gente, pois teríamos muito mais tempo para estudar.

Sempre marcávamos de estudar um na casa do outro e num sábado depois da aula fomos para a casa dele estudar todas as matérias, fazer uma revisão geral e tirar as dúvidas. Chegamos à sua casa por volta das 18h00 e sua família tinha ido à igreja. Ele e os pais eram evangélicos.

Começamos a estudar e então surgiram as dúvidas. Eu consegui resolver algumas e ele resolveu outras. Paramos um pouco de estudar e fizemos uma pausa para o lanche. Neste intervalo, meus pais me ligam perguntando onde eu estava e eu disse que estava na casa do Carlos. Meu pai me pediu para ficar lá mesmo porque chovia muito e lá em casa estava tudo alagado. A gente nem tinha percebido o quanto estava chovendo!

Logo em seguida chegou a família do meu colega e ele explicou a minha situação. Todos concordaram que seria melhor não sair naquele momento e ele então disse para mim:

– Por que você não dorme aqui? Tem um beliche no meu quarto.

Eu fiquei meio sem graça, mas o pai do Carlos disse que seria uma boa idéia, já estava tarde para pegar ônibus. Liguei para a minha mãe e disse que iria dormir ali mesmo aquela noite.

Acabamos o lanche e continuamos a estudar até umas 22h.

– Rapaz, chega por hoje, né? – disse ele.

– Concordo plenamente!

Jantamos e me despedi de todos à mesa. Fomos para o quarto e ele arrumou as nossas camas. Eu fiquei na parte de baixo do beliche e ele na de cima.

Começamos a ver TV, cada um em sua cama, e ele me disse algo que não escutei direito:

– O que? – perguntei ainda olhando a TV.

– Cara, tem algo que precisamos conversar e é muito sério.

– Beleza, fala aí então.

Ele desceu para a cama de baixo, sentou-se num canto e disse:

– Somos amigos pra cacete, certo?

– Sim, cara, por que essa pergunta? – respondi, desviando o olhar da televisão e o encarei.

– Por causa disso... – ele se curvou sobre mim e me beijou do nada, na boca. Eu não sabia o que fazer naquela situação, mas retribuí o beijo. Depois disso, ficamos quietos, nariz com nariz, a respiração ofegante.

Eu simplesmente levantei e disse:

– Isso é loucura!

Saí do quarto e fui para a cozinha. Comecei a chorar encostado na pia. Aquilo que acabara de acontecer era algo muito diferente para mim. Logo depois ele veio e eu disse:

– Está errado, tá tudo errado. Você entendeu errado, eu quero ir embora agora.

– Realmente... Me desculpe, eu não sei o que aconteceu comigo lá, mas por favor fique. Se amanhã você não quiser mais falar comigo, beleza.

– Por que você fez isso comigo, cara?

– Não fiz nada de mais.

– Não? Você me beijou. E ainda por cima na boca!

– Você não pode falar nada, pois retribuiu o beijo também. Além do mais, é a primeira vez que beijo um homem em toda minha vida.

– Estou sem palavras.

– Vamos voltar lá para o quarto e não se fala mais nisso.

Voltamos para o quarto, desligamos a televisão e nos deitamos sem pronunciar palavra. Durante a noite, no entanto, eu não conseguia pregar o olho e ele também não. Acabamos decidindo conversar sobre o fato.

– Bruno, por que você mexe tanto comigo? – ele perguntou.

– Não sei, Carlos, mas você mexe comigo também. E isso aconteceu desde o primeiro dia que te conheci.

– Somos loucos...

– Verdade.

Depois disso, ficamos em silêncio. Quando dei por mim, estávamos nos beijando novamente e quando me dei conta, mais uma vez parei de beijá-lo e disse.

– Para, por favor!

– Não paro, eu sei que você me quer também.

– Eu não te quero! O que é isso, cara?

– Quer sim.

Ficamos em silêncio um minuto e veio o arrependimento na minha cabeça. Eu disse:

– Carlos, para. Isso está muito errado, cara. Somos muito amigos, só isso.

– Bruno, fica quieto, cara, e curte o momento.

Eu me levantei e saí para a sala. Ele foi atrás tentando me segurar enquanto eu me arrumava para ir embora.

– Bruno, não vá, por favor. – ele implorou.

Eu já não falava mais nenhuma palavra. Peguei o elevador e desci chorando. O porteiro perguntou se tinha acontecido algo. Eu disse que um parente meu tinha acabado de sofrer um acidente e eu precisava ir embora. Já era aproximadamente 4h30 da manhã. Ele foi muito gentil e chamou um táxi para mim.

Fui direto para casa, paguei uma nota naquela corrida! Mas eu não tinha outra opção, não havia ônibus ainda naquele horário.

Cheguei em casa e não consegui dormir. Apenas chorava e não entendia o que tinha acontecido comigo. Carlos ligava para o meu celular e eu não atendia. Ele me mandou varias mensagens, mas eu nem as lia.

De manhã, minha mãe se assustou comigo em casa e perguntou o que fazia tão cedo lá. Disse que vim embora cedo porque precisava resolver uns assuntos.

Quando deu umas 8h00 da manhã, quem chega em casa? Carlos.

Cumprimentou minha mãe (meu pai já tinha ido trabalhar) e perguntou se eu estava em casa ou se tinha saído. Minha mãe me entregou dizendo que eu estava no meu quarto me arrumando para sair. Sempre foi assim, tanto na minha casa como na dele. A gente entrava, cumprimentava quem estava lá e já subia para o quarto. Já éramos muito íntimos na casa um do outro.

Assim que ele me viu, falou:

– Precisamos conversar e tem que ser agora.

– Não temos nada para conversar. E vou te falar uma coisa: estou indo lá no meu curso agora trocar de horário.

– Nem pense em fazer isso, senão você vai se ver comigo. Cara, para de palhaçada. O que rolou naquele quarto não foi nada. Foram apenas dois amigos que se beijaram, o que tem demais nisso?

– “O que tem a ver”? Você sabe que isso é errado!

– Errado é eu mentir sobre meus sentimentos e você mentir sobre os seus! Isso é que é errado. Vamos sair para conversar, estou com o carro do meu pai lá fora.

– Só conversar.

Despedimo-nos da minha mãe e fomos embora. No carro, ele colocou uma música do NX0, “Cartas Para Você” e ele começou dizendo:

– Está ouvindo essa música?

– Estou, o que tem?

– Ela diz tudo o que eu sinto por você. Ou seja: eu preciso de você.

– Cara, para com isso, você vai acabar com uma amizade muito boa. E além disso eu não curto. O que você quer de mim?

– Bruno, me dê uma chance para te provar que você está errado.

Terminou essa frase e entrou de repente num motel. Imaginem o que eu fiz. Assim que ele parou o carro na portaria, desci e fui caminhando para fora. Ele deu ré e me chamou de infantil. Mandou que eu entrasse no carro e eu disse que não iria entrar. Ele desceu do carro muito puto e gritou:

– Entra nessa merda agora!

– Eu não vou entrar porra nenhuma! E me deixe em paz!

– Você não vai entrar não? Então, beleza.

Ele voltou para o carro e foi embora. Eu fui caminhando para o ponto de ônibus, morrendo de vergonha. Peguei o busão e voltei para casa.

Fiquei a tarde inteira pensando nele até a hora de ir para o cursinho. Eu me arrumei e fui. Cheguei cedo, ele ainda não tinha aparecido e então guardei o seu lugar. Quando ele chegou, nem falou comigo. “Tudo bem”, pensei. Eu estava com raiva dele e também não puxei papo. Nossos amigos perceberam que estávamos brigados e perguntaram qual era o motivo. Nós dois ficamos quietos.

Para piorar as coisas, na aula anterior a turma tinha começado um trabalho em grupo e nós havíamos formado dupla. Por causa disso, fomos obrigados a falar um com o outro para concluir o trabalho, mas o papo foi formal. No intervalo decidimos terminar logo o trabalho e para piorar, o povo ficou zoando a gente dizendo que parecíamos marido e mulher brigando daquele jeito. Eu e ele mandamos todos tomarem no cu.

Pegamos o trabalho e fomos para o pátio. Ficamos um pouco isolados de nossos colegas, mudos, sem dizer uma palavra. Depois de um tempo, eu disse:

– Carlos, não quero que a minha amizade com você termine.

– Nem eu, Bruno, mas hoje você se mostrou muito infantil comigo. Não tinha necessidade de você sair do carro daquele jeito. E outra coisa: se você não quer mais, beleza, eu aceito a sua opinião. Só que agora você sabe o que sinto por você.

– Tudo bem. Espero que isso não interfira na nossa amizade.

Mas a nossa amizade esfriou muito depois daquele dia.

Uma semana depois, aconteceu uma festa lá no curso. Era aniversario de um professor nosso, um cara muito legal, e todos nós fomos para o bar. Carlos é evangélico e só ficou no refrigerante. Eu me entreguei à bebida (não sou acostumado a beber e fico alto muito rápido). Acabei ficando com uma mina lá no bar. Já Carlos ficou muito puto e eu nem aí pra ele.

A galera foi embora aos poucos, o aniversariante já tinha ido, e ficamos apenas eu, a mina com quem eu estava ficando e o Carlos. Ela quis ir embora em seguida e falei para o Carlos que estava indo embora também. Ele pediu para esperar, dizendo que me levaria para casa. Ao ouvir isso, eu disse:

– Você vai querer abusar de mim, seu viado!

A palavra “viado” saiu pesada da minha boca e me arrependi logo em seguida de tê-la proferido. Ele, ao contrário, pareceu não dar nenhuma importância. Talvez pelo fato de eu já estar bêbado e ele não ter levado em consideração.

– Cala a boca e vem comigo, você não está nem aguentando andar. Eu só queria saber o porquê de você ter bebido desse jeito, pois você não é de beber.

Calei minha boca e fui com ele. Ou melhor, ele é que me levou praticamente arrastado para o carro.

No caminho para casa ele tentou conversar, perguntando por que eu tinha feito aquilo. Eu apenas falei:

– Sei lá, cara, me deixa em paz!

Ele então ligou para a minha mãe e falou que eu tinha exagerado na comemoração e já era um pouco tarde para eu voltar para casa (umas 2h00 da madrugada). Ele avisou que eu iria dormir na casa dele.

Chegando em sua casa, todos já tinham ido dormir. Ele me levou para o banheiro, colocou-me sentado debaixo do chuveiro e ligou a água. Eu disse:

– Hoje você deve estar muito feliz, cara. Finalmente você vai me ter.

– Para com isso, cara. Assim eu não te quero.

Ele acabou de me dar banho, me vestiu com uma roupa dele e me colocou para dormir. Parecia até uma criança sendo cuidada.

No meio da noite eu acordei com uma dor de cabeça terrível. Lembrei que eu não estava na minha casa. Olhei para o Carlos, ele estava deitado só de cueca. Estava muito bonito aquela noite. Eu o acordei e perguntei:

– O que aconteceu?

– Você bebeu demais e eu te trouxe para a minha casa. Fique tranquilo, eu avisei onde você está.

– Obrigado, cara. Realmente você gosta de mim. Porra, eu não me lembro de nada! – falei colocando a mão na cabeça e fazendo uma careta – Eu estou com muita dor de cabeça, cara.

– Tem um remédio aí para você.

Eu tomei o remédio, sentei na cama e disse:

– Carlos, senta aqui do meu lado, quero falar algo com você.

– Sou todo ouvido. – disse ele, sem se levantar da cama dele na parte de cima do beliche. Eu me aproximei e disse:

– Eu não estou nem aí para o mundo, cara.

– Bruno, tem certeza? – Carlos não queria que eu tomasse qualquer decisão enquanto estivesse bêbado e incapaz de raciocinar.

– Sim, é o que eu quero...

Disse isso e começamos a nos beijar e a nos abraçar e ele me dizendo que me amava e que era tudo o que queria naquele momento. Eu disse:

– Para. Pare agora.

– O que foi?

– Eu preciso te dizer uma coisa. – fiz uma pausa de suspense e continuei: – Que eu também te amo.

Ele começou a rir e a me beijar e eu também comecei a beijá-lo e rimos juntos. Nós dois começamos a nos despir, mas sem pressa. Apesar da dor de cabeça que estava sentindo momentos antes, ela simplesmente desapareceu. Ficamos de cueca, eu comecei a beijar o seu peito, passando a língua no abdômen, subindo novamente para peito e nos beijando. Ele fazia o mesmo comigo, revelando para mim mesmo os pontos onde eu mais sentia prazer. Posso garantir uma coisa: nenhuma mulher tinha feito nada parecido comigo.

Aquele momento foi maravilhoso. O pau dele estava muito duro, assim como o meu também. Foi a primeira vez que encostei a mão no pau de outro cara.

Começamos a nos lamber e ele me pediu para que eu o chupasse. Eu comecei bem devagar, primeiro beijando o pau dele, depois chupando como quem chupa um sorvete. Era um pau bem grande.

Pedi para ele me chupar também e ele fez bem gostoso. Eu percebi que era a primeira vez dele também. Ficamos a noite toda com essa chupação e cada um tocou punheta para o outro até gozarmos.

Quando acordei de manhã, não o encontrei no quarto. Pensei comigo se tudo teria sido um sonho. Levantei-me e saí pela casa procurando por ele. Ele já estava tomando café com a família e me disse:

– Bom dia, Bruno, está melhor?

– Bom dia. Estou melhor sim, obrigado, cara.

Cumprimentei todos à mesa e tomei café normalmente. Já estava tirando as conclusões de que tinha sido um sonho, mas estava tudo muito vívido na minha mente para ter sido só um sonho.

Algum tempo se passou e decidi ir embora. Quando cheguei em casa, não pensava em outra coisa. Ele não me ligou.

À noite tomei meu banho e estava me preparando para ir ao curso quando recebi uma ligação dele falando para eu guardar o seu lugar, pois ele chegaria um pouco atrasado. Nem precisava ele ter ligado porque eu sempre guardava o lugar dele.

No curso, tudo normal. Eu estava ansioso esperando ele chegar. Meus amigos estavam muito nervosos, pois se aproximava da data da UERJ e eu não estava nem ligando, pois eu não queria fazer UERJ mesmo. Ele chegou atrasado, sentou-se ao meu lado e eu passei a parte da matéria que o professor já tinha apagado. Nós tínhamos mania de escrever na carteira a lápis quando queríamos falar um assunto secreto, como elogiar uma colega ou professora gostosa, esse tipo de coisa. Ele escreveu assim: “Você lembra o que ocorreu ontem”?

Respondi também escrevendo na carteira:

“Mais ou menos, estava muito mal, bebi todas”.

“Não estou falando do bar, estou falando lá em casa”.

“Aquilo foi um sonho”.

“Não. Aquilo realmente aconteceu”.

Eu não escrevi mais nada e apenas falei que tínhamos que conversar. Ele concordou. Não consegui prestar atenção ao resto da aula. Saí da sala e fui tomar água. Eu estava muito confuso, não sabia o que fazer, não sabia mais o que era certo ou errado. Como eu estava demorando a voltar, ele foi procurar por mim. Ele me viu e veio falar comigo:

– Bruno, o que está acontecendo?

– Não sei, Carlos, eu estou colocando as ideias no lugar.

– Cara, o que aconteceu ontem não precisa se repetir. Mas foi muito lindo.

– Concordo com você. Eu gostei muito também.

– Então tira esse sentimento de culpa, pare de agir como se tivesse matado alguém, pois você só foi amado e retribuiu esse amor.

– Melhor voltarmos para a aula.

– Está bem.

Ao me levantar, ele vem e me dá um beijo daqueles! Eu falei:

– Tá maluco, cara? Alguém poderia ter nos visto!

Ele deu um sorriso e disse:

– Relaxa, todos estão na sala e preocupados com a UERJ. Agora podemos voltar para a aula.

– Melhor voltarmos mesmo...

Durante todo o restante da aula eu não me conformava por dentro. Estava com uma sensação de ter feito algo errado. No intervalo, meu outro amigo falou que sabia de tudo. Eu fiquei branco e perguntei “de que, cara?”. Ele disse que sabia que eu não ia prestar vestibular para a UERJ e era o maior vacilão. Meu coração quase saiu pela boca!

Voltamos para a aula e eu ficava cada vez mais distante do Carlos. Ele percebeu e saiu de perto de mim, jogando de longe uma bolinha de papel. Abri o bilhete amassado e estava escrito para eu sair da sala, pois precisávamos conversar. Quando saímos, ele me agarrou e meu deu outro beijo. Eu não aguentei e disse:

– Porra, para com isso, cara!

– Então presta atenção na aula e em mim também!

– Você sabe que isso é errado!

– Cala a boca, onde você leu que amar alguém é errado?

Eu dei as costas pra ele, peguei meu material e fui embora. Ele fez o mesmo e veio correndo atrás de mim.

– Estou de moto e te dou uma carona. – ele disse atrás de mim.

– Não, cara, obrigado. Você sabe que eu não curto andar de moto.

– Eu sei, mas aqui tem piloto, não sou um bosta qualquer.

– Até os profissionais sofrem acidente.

– Cara, o busão vai demorar, pô. Eu não vou fazer nada contigo.

– Porra, você é chato mesmo. Se eu cair, você vai ver o que eu faço contigo.

Fomos para o estacionamento, montamos na moto e pegamos a estrada. Ele começou a acelerar demais e eu comecei a berrar:

– Devagar, porra!

– Agarra na minha cintura!

– Tá maluco, cara?

– Ah, você não vai agarrar? – ele perguntou e em seguida acelerou a mais de 120 km/h. Eu não tive alternativa e agarrei morrendo de medo.

– Pronto, agarrei, agora reduz essa porra!

– Tá bom. – disse ele, rindo.

Na garupa foi que percebi o quanto ele estava cheiroso. E percebi também que não estávamos indo para casa, mas sim em direção a Niterói.

– Para aonde vamos? – perguntei.

– Surpresa. Eu sei que você vai gostar.

Nenhum de nós havia avisado em casa e eu disse que era melhor ligar para avisar. Ele disse:

– Esquece tudo e todos, agora só pense na gente.

Chegamos ao Centro de Niterói e ele me disse que estava com a chave do apartamento de uma tia dele. Ao chegarmos ao prédio, ele me disse para ficar tranquilo, pois tinha preparado tudo. Eu falei que não ia rolar nada.

Quando o elevador parou e entramos no apartamento, estava tudo em meia-luz e com um sonzinho muito maneiro... Imagine qual música tocava? “Cartas Pra Você”. O apartamento estava cheio de flores e velas acesas e um perfume anormal e muito gostoso que impregnava o ambiente. Nem eu tinha feito aquilo para mulher nenhuma.

– Gostou da surpresa? – perguntou ele.

– Claro! Que horas a mulherada vai chegar?

– Quem era pra chegar, já chegou.

Ele se aproximou e começou a me beijar bem devagar, com muito carinho. O que é bom, dura pouco. Nossos celulares começam a tocar quase ao mesmo tempo, mas a gente não estava nem aí.

Ele começou a tirar minha roupa bem lentamente e eu fiz o mesmo. Fomos para o quarto e quando chegamos lá, mais flores, velas, chocolate, tudo o que você possa imaginar. Ele me jogou na cama, pegou um chocolate e começou a passar pelo meu corpo e a lamber por cima conforme ele ia se derretendo. Eu quase desmaiei de prazer.

A troca de amor e carinho era recíproca. Depois ele pegou uma calda de chocolate e jogou pelo meu corpo todo, inclusive no meu pau, começando a lamber tudo em seguida. Quase gozei, aquilo era muito bom. Depois eu peguei uma calda de morango e fiz o mesmo nele. Carlos gemia de tesão, dizendo:

– Se isso for um sonho, não quero acordar nunca mais! Continua, me lambe, me chupa, meu amor...

– Sim, te chupo e também te amo, seu safado.

Depois de muita chupação ele me perguntou se poderia me penetrar. Demorei para decidir, mas toda aquela situação fez com que eu não pudesse negar o pedido. Fiquei de quatro e ele começou a chupar meu rabo. Gostei daquilo. Ele pegou o gel e passou bastante na portinha do meu cu. Bem lentamente foi empurrando um dedo e eu dizia:

– Ai, tá ardendo!

– Quer que eu pare?

– Não, continua, vai! Mexe com esse dedo, vai!

– Quer que eu coloque outro dedo, quer?

– Quero sim. Bota, vai...

– Hummm, gostoso... Nossa, Bruno!

– Me come logo, vai!

– Não precisa nem me pedir!

Ele colocou a camisinha e passou bastante KY na minha bunda. Posicionou-se na entrada do meu cu e falou:

– Relaxa. – e começou a colocar pressão.

– Ai, ai, ai, Carlos, caralho! Puta que pariu, você tá me rasgando! – gemi, sentindo uma dor terrível. O pau dele era enorme.

– Relaxa, cara, relaxa...

– Aaaiiii, aaaaaiiii, aaaaiiii!

Ele parou por um momento, a dor que eu sentia era terrível. Depois de um tempo assim, fui relaxando e comecei a sentir prazer. Ele voltou a mexer e comecei a achar tudo aquilo muito gostoso. A dor praticamente passou, ficando no lugar um prazer incontrolável. Enquanto ele me fodia, me beijava ao mesmo tempo. Era muito gostoso e fizemos varias posições possíveis (e impossíveis também!).

Era uma sensação muito boa ter aquele homem em mim. Depois de um tempo, o pau dele começou a ficar mais grosso e eu comecei a sentir os jatos e mais jatos de porra com as contrações do seu pau. Caímos de lado na cama, ele ainda encaixado em mim e falou:

– Eu te amo, Bruno.

– Eu também de amo, Carlos.

– Agora somos namorados e não importa o que aconteça.

– Namorados não, mas sim amantes.

Depois ele me deu um beijo na boca bem gostoso e eu falei que também queria comê-lo.

Coloquei-o de quatro e comecei a chupar seu rabo, da mesma forma que ele fez comigo. Passei um pouco de KY também com o dedo e fui massageando, preparando o rabo dele para o meu pau:

– Caraca, como está bom, cara, continua!

– Pede por pica, vai! – falei.

– Bruno, me come logo, vai, seu safado!

– Então toma! – E coloquei tudo de uma vez só, rasgando o cu dele e ele deu o maior grito, dizendo:

– Puta que pariu! Você acabou comigo!

– Aguenta como eu aguentei!

– Então rasga logo essa porra, vai!

Ele estava sentindo muito prazer e eu comecei a mexer meu pau. Aquilo o deixou louco e eu ainda mais. Fodi ele com muito carinho, beijando seu pescoço enquanto socava meu pau naquela bundinha arrebitada. Fiquei parado por cima dele um momento e ele começou a rebolar embaixo de mim, aquilo me deixou maluco a ponto de eu não aguentar. Comecei a gozar gostoso enquanto aquela bundinha continuava rebolando com minha pica dentro, jorrando porra.

– Nossa, que foda gostosa! – ele disse. – Agora eu te quero sempre, cara.

– É verdade. Muito bom mesmo. Isso aqui vai ficar só entre a gente, hein.

– Claro, pô. Mas só com uma condição.

– Qual?

– Só se você me der um beijo agora...

Nós nos beijamos e só então nos demos conta de que os celulares estavam tocando. Resolvemos atender e tomamos vários esporros de nossos familiares por sumir sem dar noticia. Já era praticamente 4h00 horas da manhã!

Essa história toda mexeu muito com minha cabeça. Hoje fico me perguntando se tudo o que aconteceu foi por causa da TPV (tensão pré-vestibular) ou se a gente realmente se amava!

sou.mais.eu.rj@hotmail.com

30-01-2019 às 22:13 Magaiver
Me senti dentro da historia .. Tanto sentimento envolvido ðŸ˜â¤ï¸â¤ï¸â¤ï¸â¤ï¸
24-05-2018 às 15:46 Estevão
MARAVILHA, SEM PALAVRAS
26-10-2017 às 21:34 Pegando fogo
Gozei só de lê. Que história? Alguém a fim de algo?
26-09-2016 às 13:49 França santos fortaleza.
26/09/2016: Uma historia perfeita,cinceramente eu sou hétero ainda hoje eu tenho a musica no meu celular. Nâo importa qual seja o tipo de amor , o que importa e se sente feliz.
26-01-2015 às 18:44 ARAQUEM
Fantastico, é uma situação ofegante e de extrema sensibilidade, ainda mais porque nesta fase da idade todos os hormônios estão a mil por hora, e isso torna tudo muito intenso, aliás a adolescência até a juventude é tudo muito intenso, quando se ama, ama-se demais, quando se odeia , odeia-se demais. mas isso não deve ser uma rotina nem realidade na vida de todos. abraços.
19-12-2014 às 00:37 ORELHA PE
LINDO O CONTO DAVI DE AMOR ITAMBE
04-05-2014 às 01:43 Mario
que coisa mais linda, amei demais, vocês ficaram juntos? queria noticia.
30-04-2014 às 22:29 Brunette Canivette
Nossa nunca vi um conto tão lindo, se pegarem esse conto e criarem um filme com kaio castro eu ia morrer de tesão, muito lindo, melhor conto que ja li.
17-03-2014 às 19:14 NEGRO BAIANO
Somente quem é romântico e sabe o valor desse sentimento pode ler e idealizar todas as palavras relatadas aqui e sentir a essência de todo que foi dito. Excelente !!!
06-03-2014 às 16:40 Eder Alves-Lavras-MG
Lindo o conto, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!