por Brandon
Sexta-feira, 17 de Setembro de 2010
Meu nome é Brandon e a história que vou contar é verídica. Gostaria de aproveitar essa oportunidade para deixar algumas mensagens bacanas ao final e que julgo extremamente importantes. Acredito que os caros amigos concordarão comigo nas minhas preocupações. Hoje tenho 24 anos completos em abril de 2010, aproximadamente 1,70m de altura e 55 kg. Tenho pele bem branca, cabelos lisos bem negros e cortados um pouco abaixo dos olhos, que são pretos também e meio puxados devido à ascendência japonesa do meu pai.
Quando eu tinha 17 anos, estava na terceira série do ensino médio em uma escola da Zona Sul do Rio de Janeiro. Eu fazia parte do time de futsal como goleiro titular. Eu adoro qualquer tipo de esporte e também praticava voleibol, basquete e handball, mas participava de competições apenas no futsal.
Nossa equipe treinava duas vezes por semana depois das aulas. Estudávamos de manhã e à tarde e os treinos eram depois das cinco horas. Alguns estudavam à tarde, como eu, e os outros estudavam de manhã. Se não me engano, treinávamos às quintas e sextas-feiras. Lembro-me bem que foi numa sexta-feira que eu e um parceiro do time, Thiago, ficamos até mais tarde na quadra de esportes. Por mais incrível que pareça, ele era um dos componentes do time com quem eu menos tinha afinidade. Ele nem era da minha turma. Ele era do segundo ano e estudava provavelmente de manhã, porque eu quase não o via durante as aulas. Eu fui conhecê-lo melhor depois daquela sexta-feira.
Não cresci muito de lá pra cá. Eu já tinha meus 1,70m e era ligeiramente mais magrinho. Naquela época, meu peso ficava por volta de 52 kg. Thiago não era muito diferente de mim com relação à altura e peso. Tinha um pouco mais de massa, mas éramos da mesma altura. Ele era loirinho com cabelos cacheados sobre os olhos. Tinhas olhos castanhos meio cor de mel e a pele um pouco mais bronzeada do que a minha. Sempre fui muito branquelo.
Voltando à famigerada sexta-feira. Lembro-me que foi perto do fim do ano, porque estávamos em clima de provas finais. Eu estava no terceiro ano e também estava com o terrorismo do vestibular na cabeça. Por isso, lembro-me muito bem. Eu e Thiago ficamos esperando na quadra, porque o vestiário não comportava todos de uma vez. Na hora do banho, iam 5 ou 6 de nós por vez. Como eu era goleiro e Thiago era pivô, ficamos treinando uns chutes e pênaltes. A primeira rapaziada tomou seu banho e os outros que já estavam no vestiário tomaram os seus também à medida que os primeiros iam saindo do chuveiro. Eu e Thiago tínhamos ficado sozinhos na quadra e quando percebemos, vimos a galera toda saindo pra ir embora.
Eu confesso que pensei em ir embora junto com eles sem tomar banho (eca...hehehe), porque quase todos que estavam saindo eram amigos meus. Eu lembro como se fosse hoje. Quando a gente viu a galera saindo em direção à saída da escola, eu estava com a bola na mão. Thiago disse pra mim:
– Vou tomar meu banho.
Eu joguei a bola e respondi:
– Vou indo nessa.
– Valeu! – ele respondeu.
Eu corri em direção aos meus amigos e, em vez de sair com eles, eu me despedi e disse que ia tomar banho antes. Eles saíram. Quando entrei no vestiário, Thiago já estava no chuveiro. Quando ele ouviu o barulho, exclamou:
– Brandon?
– Fala aí!
Ele pediu para eu pegar a saboneteira dele que estava dentro da mochila. Eu peguei e fui entregá-la. Sem querer, juro que foi sem querer, olhei para o pau dele. Eu levantei o rosto completamente sem graça e fiquei parado. Ele pegou o sabonete e virou as costas. Isso foi o pior, ou o melhor, de tudo. Quando eu vi a bunda dele molhada, fiquei excitado na mesma hora. Não sei explicar. Eu estava acostumado a ver a rapaziada toda sem roupa, um dia uns, outro dia outros. Mas, naquele dia foi diferente. Eu pensei em esperá-lo sair pra eu entrar e tomar banho, mas, não sei por que, fiquei com medo de que ficasse tarde. Não tinha aulas à noite na escola, mas só fechavam depois que o porteiro devolvesse todas as carteirinhas de alunos. Além disso, já era costume do time de futsal ficar depois do horário.
Resolvi, tirei a roupa e entrei no chuveiro. Ainda estava meio excitado, mas pensei que fosse passar. Contudo, sentia um impulso incontrolável de olhar para o Thiago. E acabei ficando ainda mais excitado. Ele não disse nada. Tentei ficar de costas e ele não dizia nada. Quando o vi de novo ele também estava excitado. Eu acho que ele ficou me esperando entrar no chuveiro, porque já tinha dado tempo para ele terminar o banho. Mas, isso é apenas uma especulação (hehehehe). Eu sentia uma vontade incontrolável de encostar nele. Fui chegando perto enquanto estava me ensaboando, mas não dizia nada. Ele tampouco me dirigia a palavra. Até que tomei coragem e encostei nele de lado como se tivesse sido sem querer. Virei, levantei a cabeça e olhei pra ele. Eu vi nos olhos dele que ele queria tocar em mim também. Aquele momento foi um dos mais confusos e impressionantes da minha vida, porque eu nunca tinha tocado em outro cara daquele jeito e ainda era virgem apesar de ter tido namoradinhas de adolescente.
Então, eu passei a mão no braço dele e ele ficou imóvel e engolindo seco. Desci a mão e passei nas costas dele e ele continuava imóvel. Tomei coragem de vez e, com a mão direita nas costas dele, o puxei contra mim e o beijei. Acho que atingi o máximo de excitação possível naquele instante. Eu estava completamente inconsciente, seguindo as minhas vontades e ele parado. Eu o beijava e ele correspondia mais ou menos, como se não soubesse o que fazer. Mas, ele também estava muito excitado. Peguei a mão dele e coloquei no meu pau. Ele ficou segurando, mas com a mão parada. Só com o calor do corpo dele e sentindo a sua mão, eu pensei que fosse explodir. Então, comecei a beijar o pescoço dele e coloquei minha mão sobre a dele no meu pau e comecei a esfregar. Soltei pra que ele continuasse e ele continuou. Com uma mão comecei a esfregar o pau dele também e com a outra acariciava a bunda. Eu queria enfiar o dedo nele, mas fiquei com medo da reação. Ele continuava me masturbando e aos poucos fui tentando enfiar o dedo nele. Até que consegui. Continuei beijando o pescoço dele. Não consegui me segurar e gozei naquele momento. Foi mágico! Eu lembro que dei uma leve mordida nele.
Eu perguntei se ele queria gozar também e ele respondeu positivamente. Falei que podia enfiar o dedo em mim. Ele não disse nada, então perguntei o que queria fazer. Ele, com a voz meio engasgada, disse que queria meter em mim. É impressionante como eu me lembro das sensações e das reações. Eu fiquei completamente perplexo, porque o tempo todo ele parecia meio sem reações espontâneas. Mas, acho que também estava apenas seguindo as vontades dele. Nós estávamos completamente inconscientes. Tanto que em nenhum momento pensamos em camisinha. Eu fiquei com medo da idéia de ele me penetrar, porque nunca tinha pensado em como se fazia aquilo. Mas, não pensei muito. Virei de costas e falei pra ele:
– Pode ir.
Não pedi pra ele ir devagar nem nada. Apenas virei! Eu nem olhava para o lado. Do nada, senti o pau dele encostando em mim. O pau não era impressionante, mas acima da média e circuncidado. Eu ainda me lembro da dor que senti quando começou a entrar em mim. Eu pensei em pedir pra ele parar, mas trinquei os dentes e segurei a dor. Não sabia o que estava por vir, mas sempre fui corajoso.
Aos poucos, me acostumei com a dor do pau dele entrando, mas quando ele começou a movimentação, comecei a sentir outra dor dentro de mim, como se o pau dele estivesse tocando em alguma coisa que não devesse. Fiquei com um pouco de medo, mas segurei de novo. Eu estava contra a parede com as duas mãos apoiadas. Ele estava com um braço em volta da minha cintura e a outra mão apoiada na parede também. Ficamos assim por algum tempo. Eu não me lembro por quanto tempo, apenas queria que acabasse logo. Toda vez que o pau dele entrava todo em mim, eu sentia aquela dor e dava uma gemidinha tentando segurar.
Depois de alguns longos minutos, a respiração dele ficou forte e ele me apertou com força. Como ele parou de se movimentar, senti os braços dele tremendo. Estávamos tentando não fazer barulho. A única ciência que tínhamos era de que alguém poderia entrar. Ele não gemeu, mas deu aquela respiração longa e bem tremida perto do meu ouvido. Aquilo me arrepiou na hora. Meus caros, ele gozou dentro de mim. Eu senti quando ele gozou. Ele ficou com a cabeça baixa e não tirou o pau. Eu tirei e virei. Fiquei olhando pra ele. A única coisa que falei foi:
– Acabou?
Ele estava olhando pra baixo e apenas balançou a cabeça afirmativamente. Não conseguia dizer nada. Ele ainda tremia. Eu disse:
– Vamos sair! – ao que ele balançou a cabeça mais uma vez. Entrei debaixo do chuveiro de novo, passei uma água, peguei a toalha e saí. Não dissemos mais nenhuma palavra um ao outro. Colocamos a roupa e simplesmente saímos. Eu saí antes dele do banheiro, peguei minha carteirinha no portão e fui embora. Naquela época eu morava no Flamengo.
Na segunda-feira seguinte, quando eu estava chegando à escola, isso devia ser por volta de meio-dia e quinze porque eu entrava ao meio-dia e meia, adivinhem quem estava me esperando e veio em minha direção quando eu estava me aproximando do portão? O Thiago. Na hora, eu pensei que ele fosse pedir pra eu não contar aquilo pra ninguém ou dizer alguma coisa hostil, mas me surpreendi completamente. Eu ainda me lembro exatamente o que ele me disse e vou tentar reproduzir com as mesmas palavras.
– Cara, ninguém aqui sabe que eu gosto, mas minha mãe sabe. Se você quiser, a gente pode namorar na minha casa.
Eu não disse nada. Parecia que ele tinha certeza de que eu era gay, e nem cogitara a hipótese de eu ser bi, ou hétero excêntrico, ou qualquer coisa. Talvez adolescentes de 16 e 17 anos sejam muito novos pra pensar na complexidade dessas coisas. Eu lembro que eu nem pensei, apenas disse:
– A minha mãe não sabe que eu gosto, mas tá bom.
Foi simplesmente assim, sem muitas palavras e sem complicação alguma que dois adolescentes começaram um namoro atrapalhado.
A mãe dele era professora universitária (não me lembro de quê) e o pai eu não me lembro o que fazia. Eu não sei se ele chegou realmente a contar para os pais dele que nós éramos namorados. Eu via a mãe dele quase sempre e, às vezes, o pai. Falava apenas com a mãe e não me lembro de ter falado com o pai. A gente ficava no quarto dele numa boa. Eu dizia para minha mãe que ia estudar na casa de um amigo, pegava um ônibus e ia pra casa dele na Gávea. Cheguei a dormir lá umas duas ou três vezes. Transamos muitas vezes. Eu acho que a mãe dele sabia de tudo que estávamos fazendo, porque eu nunca levava camisinha e ele sempre tinha. Acho que ele contou pra mãe que queria namorar e ela disse que ele podia namorar em casa.
É aqui que quero deixar um recado pra todo mundo. A minha mãe nunca falava sobre sexo comigo. Sempre tive medo de admitir pra mim mesmo que gostava de homens porque ouvia que isso era errado e inaceitável. A minha primeira transa foi completamente inconsciente. Acho que se eu disser que não sabia dos principais riscos, estaria mentindo, porque estudava em uma escola muito boa. A gente devia estudar sobre DSTs, gravidez, etc. Mas, o sexo em si pra mim era completamente um tabu. Quando eu me deparei com aquela situação, segui as minhas vontades, não tive maturidade pra parar e perguntar se ele tinha preservativo quando disse que queria que eu ficasse como passivo. Aquela penetração poderia ter me custado alguma doença e alguma infecção para o Thiago. Mas, graças aos deuses, nada aconteceu.
A mensagem que quero deixar é que os adolescentes e jovens precisam falar sobre sexo. Precisamos colocar esse assunto em pauta em todos os lugares (escola, casa, grupo de amigos, etc.). Essa é a melhor maneira de orientação.
Eu namorei o Thiago durante todo aquele fim de ano e mais ou menos até a metade do ano seguinte. Eu fui estudar na UERJ eu fui perdendo contato com ele. Ele começou um curso pra fazer o vestibular e a gente quase não tinha tempo. Durante a faculdade conheci outro rapaz, mais maduro do que eu e ainda estamos juntos.