por Peter Cummer
Domingo, 20 de Fevereiro de 2011
Quem leu as duas primeiras partes desta série sabe quem é o Lucas e imagina muito bem como é o gosto de seu sacolé. Trata-se de um ex-aluno que apareceu em minha vida num belo dia e acabamos transando. Ele me oferecera um sacolé na praia e acabei degustando-o numa tarde em sua casa durante a saída de sua mãe. Voltei a encontrar Lucas e ele me apresentara seu amigo, Alan. Nós três iniciamos uma deliciosa brincadeira com muito sexo oral, mas fomos interrompidos pela chegada da namorada do Lucas, que transou com o rapaz enquanto Alan e eu, escondidos embaixo da cama, deixávamos o pavor de lado e nos entregávamos ao prazer camuflados no silêncio.
Quando saí da casa do Lucas estava decidido a voltar lá quantas vezes fossem necessárias para pegar quantas mochilas fossem possíveis! Mas ao chegar em casa, tive uma crise de consciência e resolvi deixar a mochila de lado e nunca mais procurar o Lucas. Sabia que aquilo era terra onde se não pisava. Imaginar a chegada de Luana, no momento mais inoportuno, fez com que eu pensasse duas vezes antes de ceder a qualquer garotinho que quisesse desfrutar dos meus bem vividos trinta e quatro anos. Lucas permaneceu na minha lembrança – assim preferi – e dele me lembrava, até com certa graça, quando chupava um sorvete ou ia à praia. Era melhor deixar a luxúria irracional e partir pra algo mais sério. Nessa hora falou a voz da razão.
Comecei a me lançar na Internet em busca de um amor pra vida toda. É que depois dos trinta a gente começa a se preocupar com o futuro, com a solidão, e essas coisas acabam influenciando nas nossas táticas, flertes, paqueras e tudo o mais. Foi assim que criei vários perfis em redes sociais com essa intenção; perdia horas em sala de bate-papo, e até mesmo meu trabalho como professor estava sendo prejudicado porque já não tinha paz comigo mesmo. Estava me tornando um verdadeiro neurótico solitário.
Até que conheci o André. Conhecemo-nos num desses dias que a gente menos espera encontrar alguém. Nos encontramos numa sala de bate-papo e adicionamo-nos reciprocamente nos nossos contatos. André era um cinquentão, bem bonito, ligeiramente calvo, cabelos grisalhos, pêlos no peito aparados, uma piroca de fazer inveja a qualquer moleque de vinte e cinco anos. Barba desenhada, tinha os lábios finos, uma língua macia, comprida e muito esperta. Descobri que ele beijava muito bem. Não era nenhum monstro da musculação, mas cuidava bem de si e de seu corpo. Era advogado e apegado ao consumo de produtos naturais. Não era rico, mas sua situação financeira era, de fato, bem diferenciada. No dia em que nos conhecemos e trocamos e-mail, iniciamos um bate papo com câmera. Gostei do que vi. Propusemos uma conversa um pouco mais quente e o clima ficou bastante picante. A conversa prosseguiu com o André exibindo seu mastro de vinte centímetros, ao qual ele masturbava com muito tesão. Pedia-me para fazer o mesmo até que gozamos, e gozamos muito. Marcamos um encontro real e começamos a sair com bastante freqüência. O fato é que o sexo virtual acabou culminando num namoro de oito meses, ao fim do qual já não mais suportava olhar na cara do sujeito, tamanha era a sua carência e sua falta de amor próprio. André era um deus na cama; trepava com muita experiência. Mas o dia-a-dia nos desgastou profundamente. Não entendi o porquê de sua falta de auto-estima, afinal ele era um cara bem sucedido, não era feio, tinha tudo do bom e do melhor. Mas esta é a vida, e aquela história de “amor-pra-vida-toda” acabou se esvaindo com o ruir dos dias.
Desacreditado, após o término com o André, resolvi que não mais pensaria em namorar. O professor de matemática se tornou um puto de primeira estirpe. Estava em todos os finais de semana nas baladas do Rio de Janeiro. Enquanto o meu tão sonhado amor não chegava, eu ia comendo pelas beiradas, experimentando cada um dos corpos que me apareciam como candidatos. Às altas horas de um fim de semana de setembro, quando já estava completamente bêbado numa boate, dançava freneticamente um remix de uma música dos anos oitenta. Fechava os olhos e me sentia num paraíso. Flertava com quem quisesse e conseguia beijar quem escolhia. Era um devasso! Horas antes o André havia aparecido na boate e tentado, no meio da pista, uma reconciliação. Diante da negativa, fez um escândalo e só não me chamou de bonito. Foi um horror. Ele acabou indo embora e eu fiquei com remorso, mas também com vergonha. Decidi beber mais ainda pra compensar o vexame. Nesse dia, depois do ocorrido, enquanto tocava aquela canção, senti alguém atrás de mim. Fiz que não vi e continuei a dançar. Eram três e meia da manhã e já não me importava com mais nada. Senti a presença daquele corpo ainda mais forte perto de mim, encostando-se às minhas costas, entrando em sintonia com minha dança. Era um cara, logicamente, interessado em mim. Ele encostou atrás e eu, mesmo sem ver, empinei a bunda contra seu pau, que estava duro. Ele trajava uma calça jeans, mas era possível sentir seu volume rígido contra meu corpo. Seus braços eram fortes e eles me seguravam pela cintura, quando não me envolviam para consigo. Quando virei, mal vi o rosto no meio da escuridão. Pareceu-me bonito, atraente, sedutor. Bastou para que fôssemos parar num desses cantões escuros aos beijos. Não havíamos ainda trocado uma palavra sequer um com o outro, e nossas línguas já não mais sabiam a quem pertenciam. Num canto de parede, éramos quase um só, de frente para o outro. O tesão falava mais alto naquela hora, e parecia não haver música, som, pessoas, luzes, trevas, nada! No meio da multidão, tiramos nossas camisas e chupávamos um o peito do outro. Meu pescoço era alvo de seus beijos, suas lambidas quentes e fortes. Eu chupava com força cada um de seus mamilos enquanto enfiava minha mão por dentro de suas calças e agarrava a cabeça de seu pau. Sentia úmido o seu membro, e brincava de molhar sua glande com a baba que escorria de sua uretra enquanto sua pica pulsava entre meus dedos. Ele virou-me de costas e começou a me sarrar contra a parede. Fazia que metia sem penetrar. Simulava me comer ainda vestido, e aquilo me deixava louco. Virou-me novamente de frente e, abraçando-me, ousou passar a mão na minha bunda, por dentro da calça. Quando menos esperava, seu dedo propositadamente escorregou até meu ânus, penetrando-o sem qualquer pudor na multidão. O jovem me comia com o dedo enquanto eu enfiava minha língua para dentro de seus lábios embriagados pela saliva que surgia abundantemente de uma boca e de outra. Resolvemos parar um pouco e relaxar. Caso contrário, era certo que gozaríamos no canto da boate. Subimos até o terraço da casa noturna e nos apresentamos.
– Prazer, sou Alan. – disse o rapaz.
– Quantos anos, Alan?
– Vinte. Quase vinte.
– Nossa, Sr. Indeciso, tão novo e já tão experiente na arte do prazer?
– Pra você ver. E você, quantos anos?
– Trinta e cinco, recém completados.
– Hum, Sr. Aniversariante, ta no ponto... do jeito que eu gosto. Engraçado, acho que nos conhecemos.
– É mesmo, de onde?
– O que você faz da vida?
– Sou professor.
– Ah, sim. Legal! Posso fazer uma pergunta?
– Claro.
– Você gosta de sacolé de coco?
Não podia acreditar. O cara da pista era o Alan, o amigo do Lucas que me comeu embaixo da cama. Claro que eu não o conheceria. Primeiro porque mal nos vimos durante o primeiro encontro, a “coisa” foi bastante direta, digamos. Sem papo, sem conversa, sem diálogo. Segundo porque o corpo e o visual do rapaz estavam extremamente transformados. Mudou o corte de cabelo, os hormônios modificaram seu corpo, tornando-o mais masculino, ostentava até mesmo alguns pêlos sobressalentes no peito. Além disso, naquela noite eu já estava mais que alto. Depois de tanto álcool acho que eu não reconheceria sequer a minha mãe.
– Rapaz, mas você está muito diferente!
– É muita malhação.
– Mas você cresceu muito em pouco tempo. Como você conseguiu?
– Tenho meus segredinhos, professor. Quem é que não tem?
Provavelmente usou anabolizantes. Digo isto porque o Alan era magro. Tinha um belo corpo, mas era magro. Em menos de um ano ele parecia um cavalo de tantos músculos que lhe saltavam do corpo.
– Aquele dia a gente nem conversou muito, né? – disse ele.
– A gente teve pouco tempo. – e ri.
– Sem falar na vaca da Luana que apareceu na hora errada.
– Puta merda, nem me lembre.
– E aí, professor? Quer mesmo continuar aqui na boate? Não ta a fim de dar uma volta, não?
– Cara, pode até ser, mas eu bebi um pouco demais hoje. Vim de táxi porque sabia que ia beber. Não tem como ficar vagando muito na madruga.
– Eu to de carro e não bebi. Confia em mim?
– Opa, então beleza! Não bebeu mesmo?
– Só água e refri.
– Então vamos embora.
Deixamos a boate e pegamos o carro do Alan no estacionamento. O carro era da mãe dele, na verdade. Era um carro popular antigo, branco, bem cuidado, vidros escuros. No caminho, pedi pra parar num restaurante fast-food em Campinho, um sub-bairro de Jacarepaguá, que é onde ficava a casa noturna. Estávamos com fome e aquele lugar seria ótimo para fazermos um lanche barato e ainda conversarmos de maneira um pouco mais segura. Enquanto aguardávamos o nosso pedido no drive-thru, Alan relaxava no banco do motorista, colocando os braços sobre a cabeça, tal como fizera na casa do Lucas meses atrás. Com sua cara de safado, apontava-me com o os olhos o seu pau, pedindo para que eu o tocasse. Dava pra ver pulsar o volume dentro de sua calça. Abri o zíper, tirei sua rola pra fora e comecei a masturbá-lo. Alan não estava plenamente depilado. Na contra-luz do carro era possível ver seus pêlos loiros reluzindo uma luz dourada enquanto minha mão ia da glande à base de seu pênis. Quando o pedido chegou, ainda estávamos nos divertindo com a punheta. Tentamos disfarçar. O menino do restaurante certamente viu a cena e não me pareceu constrangido. Ao contrário, sorridente, ele entregou-nos o pedido e deixou escapar um irônico “Bom apetite”. Fechamos os vidros do carro e esquecemos no banco de trás o nosso lanche. Coloquei o pau do Alan pra fora novamente, mas não consegui me conter em apenas masturbá-lo. Caí de boca naquele cacete úmido, que estava louco pra ser chupado desde a hora em que nos encostamos no canto da boate. Chupei gostoso aquela vara que babava dentro da minha boca. De mãos pro alto, ele me deixava livre pra fazer o que quisesse. Cabia a ele apenas ordenar com a boca, sem usar as mãos, o roteiro da cena dentro do carro.
– O saco agora, safado! Lambe meu saco, porra. Isso, assim... que língua gostosa, professor. Que professor puto você é. Deve dar pra tudo que é aluno seu, não é?
– Aham... – respondi a esmo, pra alimentar o tesão.
– A escola inteira te come?
– Come.
– E você dá esse rabo pra todo mundo, seu viado?
– Dou sim, putinho.
– Então vai dar pra mim, não vai?
– Vou.
– Vai deixar eu te comer de novo, não vai?
– Vou sim.
– Quero te meter sem pressa dessa vez. Vou te arregaçar todinho, professor. Você quer essa pica novinha te arregaçando, não quer?
– Quero ela todinha, Alan.
– Então chupa gostoso esse caralho. Pede piroca, pede.
– Hum... me dá piroca, seu puto.
– Pede mais, filho da puta.
– Me dá piroca.
– Você quer piroca, quer?
– Muito.
– Repete devagar, olhando pra mim, o que você quer?
– Pi-ro-ca.
– Então toma piroca, piranha. Engole essa rola!
– Que pau delicioso, Alan...
– Chupa forte, puto. Assim... isso! Ah, que delícia... Isso. Agora passa a língua na cabecinha, vai. Isso mesmo, que putinho obediente. Mama tudinho, professor, prepara esse caralho que vai te arrombar hoje.
– Quer comer esse professor, safado?
– Quero, aqui! Agora.
Já não mais se enxergava um palmo pro lado de fora do carro. Todos os vidros estavam embaçados porque nossa respiração estava ofegante e o clima literalmente esquentou no lado de dentro. Estava disposto a dar novamente pro Alan. O loiro era gostoso e sabia muito bem disso. Era do tipo canalha, cafajeste. Tinha um risinho que saía pelo canto da boca e fazia um biquinho quando estava sentindo prazer. Quando decidimos que avançaríamos com a foda, passei imediatamente pro banco de trás e arriei a calça até a altura do pé. Em seguida, Alan fez o mesmo. Sentou-se no banco, meteu uma camisinha no pau e abriu as pernas. Cuspiu na mão e pediu para que eu sentasse no seu cacete. Tirei um dos pés de dentro da calça pra facilitar a movimentação. De frente pra ele, comecei a beijá-lo, segurando com uma das mãos o seu pescoço, enquanto a outra ajeitava o pau na direção do cu.
Não demorou muito para que eu conseguisse sentir cada um daqueles centímetros entrando dentro de mim. Seu pau entrava pulsando e meu rabo, ainda contraído, não relaxava para minimizar a dor. Sentei com dor e tudo. Ele me ordenava para que eu cavalgasse em sua pica e eu o obedecia, a despeito da dor causada pela fricção da camisinha com a parede do meu ânus. Mas sentava com vontade, sem qualquer arrependimento. Naquela hora, brincava de dar o cu em cima da pica do Alan. Ele gemia de prazer e eu aproveitava a ocasião para, com o pau todo dentro do cu, rebolar o rabo enquanto ele delirava.
Virei de costas pra ele me apoiando no banco da frente. Ele permanecia sentado, levantando-se, quando necessário, para reforçar os movimentos de vai-e-vem. Quando a dor aumentava, eu pedia para que ele molhasse mais. Sem sequer tocar no pau, ele cuspia de longe algumas vezes até que acertasse a direção de seu membro. Minhas costas estavam salpicadas de cuspe, que escorria enquanto Alan socava com força a sua pica dentro de mim.
– Empina a bunda, professor. – ordenava Alan.
– Gosta assim?
– Maravilha. – dizia ele, enquanto com as duas mãos abria minhas nádegas para apreciar a entrada e saída de seu pau.
Sem que eu esperasse, Alan me puxava para trás, fazendo com que minhas costas se encostassem a seu peito definido, misturando cuspe com suor e fazendo um belo coquetel de prazer. Eu me apoiava ora no teto do carro, ora no banco. Cavalgava naquele caralho enquanto o Alan me beijava a boca, o pescoço e o ouvido. Com a língua dentro dele, o loiro me xingava:
– Professor filho-da-puta! Viado do caralho. Dá o cu pra mim, sua vadia.
– Sou tua vadia, moleque. Come tua vadia!
– Safado, escroto, arrombado!
– Isso, xinga mais!
– Bichinha, piranha, cuzão.
– Isso, fode meu cu, Alan. Fode meu cu me xingando.
– Toma rola no cu.
– Ai que gostoso.
– Engole esse caralho, viado.
– Isso, soca forte, cara. Não pára.
– Toma... toma, toma.
– Mete, mete.
– Toma no cu, toma no cu.
– Soca esse pau, hum... mete até o talo.
– Pede leite!
– Goza no meu cu.
– Gosta de porra?
– Adoro.
– Vou te encher de porra.
– Anda, me dá leitinho.
– Quer leitinho, viadinho?
– Quero.
– Então toma meu leite.
Alan tirou o pau do meu rabo e arrancou a camisinha. Num movimento de segundos, tocou forte e rápido uma punheta já na hora de gozar. Pegou minha cabeça e colocou contra seu pau. Forçou-me como nunca antes houvera feito. Puxou minha cabeça contra seu pau com o intuito de que eu o chupasse na hora de gozar. Foi tudo muito rápido. Temeroso, forcei minha cabeça contra sua mão, evitando o boquete naquele momento. Não consegui evitar. Jatos de porra quente saíram de seu pau enquanto eu evitava chupá-lo. Não adiantou muito. Minha cara ficou repleta de gozo. A porra foi certeira na minha cara, nos meus olhos e até na minha boca. Eu estava no auge do tesão e não resisti. Ainda enquanto sentia os jatos quentes na cara, caí de boca em seu pau e chupei cada gota daquela porra até que ele acabasse de gozar. Não tive coragem de engolir e cuspi. Caí no banco exausto, por cima do lanche. Alan suava muito. Pegou sua roupa e se enxugou. Nos arrumamos e comemos o que pedimos dentro do carro, enquanto conversávamos. Quando decidimos deixar o estacionamento, deparamo-nos com uma plateia formada por uma meia-dúzia de espectadores. Curiosos, alguns riam, outros balançavam a cabeça negativamente. Todos estavam assistindo a transa que ocorria dentro do carro. E como não pudessem ver, porque tudo estava embaçado, imaginavam, certamente, as coisas e as pessoas envolvidas na cena do estacionamento.
Decidi levar o Alan pra minha casa e ele dormiu lá naquela manhã. Voltamos nos encontrar várias vezes. Os encontros esporádicos tornaram-se cada vez mais freqüentes, até que resolvemos oficializar o namoro. Alan era um puto de categoria. Transávamos sempre que nos encontrávamos, e isto era mais ou menos duas vezes ao longo da semana. E no fim de semana a foda era certa. A intensidade da freqüência sexual ajudou em muito a impulsionar o nosso namoro. Seu desempenho enquanto fudedor lhe renderia títulos honoríficos se ele o pusesse à prova. Mas, paradoxalmente, sua maior virtude foi se tornando o maior dos defeitos depois de seis meses de namoro. Com o passar do fogo da paixão, comecei a sentir certas necessidades, comuns a muitos gays. Alan era maravilhoso na cama, mas eu estava sentindo muita falta de comer um rabo. E ele, definitivamente, não fazia passivo. Talvez seja porque ele nem era assumido pra ele mesmo. Acho que todo o namoro até então foi uma espécie de “Relação Frankstein”. Ele ficava, transava, namorava um homem, mas queria manter isso a sete chaves. E eu não estaria muito disposto a agüentar este fardo.