por Redação MundoMais
Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011
Perder um bom empregado ou pagar pela sua cirurgia de mudança de sexo? Essa foi uma dúvida que perseguiu grandes empresas americanas durante muitos anos.
De uns cinco anos para cá, as coisas mudaram. E hoje, grandes companhias, como Coca-Cola, Yahoo, American Express e AT&T estão expandindo a cobertura do seguro-saúde para atender empregados que necessitam mudar de sexo, já que uma cirurgia desse tipo custa $75 mil dólares (aproximadamente R$125 mil).
Gina Duncan (foto) foi uma das primeiras funcionárias do banco Wells Fargo a aproveitar os benefícios oferecidos pelo patrão. Ela hoje tem 55 anos e ainda trabalha no banco. O Wells Fargo incluiu o aumento da mama e a reconstrução genital entre as despesas cobertas pelo plano de saúde de seus empregados.Ela é muito grata aos patrões: Escuto tantas histórias de pessoas que eram como eu e que, por falta de apoio total, perderam a família, o emprego, os amigos e ficaram à margem da sociedade.
Diante da pergunta sobre quem tem direito ao benefício da cirurgia, uma executiva do banco esclareceu que a autorização dependerá de um diagnóstico médico. E só serão atendidas aquelas que realmente necessitarem de tratamento.
Mais empresas devem oferecer o benefício a partir deste ano, já que o Código de Igualdade Corporativa de 2011 da Human Rights Campaign vai exigir a inclusão da cirurgia de transgenitalização como um dos benefícios do seguro saúde dos funcionários. Algumas empresas demonstraram resistência com a medida, com medo de um prejuízo no orçamento, mas estimativas apontam que cada empresa de grande porte teria no máximo 3 funcionários transexuais que solicitariam o benefício.