por Redação MundoMais
Segunda-feira, 24 de Agosto de 2015
Quando os americanos Jim Cato e Joe Stapleton se dirigiram até o escritório do escrivão do condado de Hood, no Texas (Estados Unidos), para oficializar a união homoafetiva que já dura 27 anos, "quebraram" a cara. A alegria de terem o casamento reconhecido, ainda mais após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, em junho deste ano, que autoriza a união entre pessoas do mesmo sexo em todo o país, não durou muito. Ao tentarem conseguir o certificado, foram barrados, e os funcionários disseram que isso "ia contra as crenças religiosas do escrivão do condado".
Segundo o casal, eles foram humilhados e expulsos do escritório por nada menos que seis policiais. "Foi como se alguém me tirasse todo o ar. Não podíamos acreditar naquilo. Foi uma clara violação dos direitos civis. Após 27 anos esperando por esse momento, esperar mais uma hora, para mim, seria inaceitável. Fomos humilhados, degradados", diz Cato ao portal de notícias The Huffington Post.
Logo após o incidente, os dois contrataram um escritório de advocacia para terem seus direitos garantidos. O problema ocorreu no dia 6 de julho deste ano e, após apenas 12 horas, com a ajuda de uma decisão da corte federal americana, conseguiram, enfim, oficializar a união. "
Jim Cato e Joe Stapleton estão felizes por terem, finalmente, adquirido a certidão de casamento e poderem voltar para casa, para realizarem a cerimônia", informam os advogados Jan Soifer e Austin Kaplan, contratados pelo casal, em nota à imprensa. "É uma vergonha que tiveram de contratar advogados e abrir um processo para conseguirem se casar", completam os bacharéis em Direito.