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Deputados pedem que igreja seja investigada por cura gay após morte de Karol Eller

Após retornar de retiro, influenciadora disse que havia renunciado à sexualidade; polícia registrou morte como suicídio. Entenda o caso.

por Redação MundoMais

Terça-feira, 17 de Outubro de 2023

Os deputados do PSOL Pastor Henrique Vieira (RJ), Luciene Cavalcante (SP) e Erika Hilton (SP) acionaram o Ministério Público Federal (MPF), na última segunda-feira, 16, e solicitaram que a Assembleia de Deus de Rio Verde, igreja que a influenciadora Karol Eller frequentava em Goiás, seja investigada. Segundo declaração da deputada Erika Hilton nas redes sociais, a solicitação é para que a igreja seja investigada por homotransfobia, tortura e incitação ao suicídio.

A parlamentar ainda afirma que há suspeitas de que Karol Eller tenha sido vítima da “cura gay” durante o retiro “Maanaim”, promovido pela igreja.

Entenda:

A influenciadora e ativista política Karol Eller faleceu aos 36 anos na quinta-feira,12, em São Paulo. De acordo com informações da Polícia Civil, o caso foi registrado como suicídio. Eller era uma mulher lésbica de direita que apoiava o ex- presidente Jair Bolsonaro. Em setembro, após retornar do retiro espiritual, a influenciadora disse nas redes sociais que havia renunciado à sua sexualidade.

A igreja

No fim de agosto deste ano, Karol Eller contou no Instagram que conheceu o pastor Wellington Rocha, da igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, através de uma live na mesma rede social. A influenciadora, que morava em São Paulo, foi até Goiás para participar do retiro “Manaaim”.

Após o período do retiro espiritual, a influenciadora publicou diversos vídeos participando dos cultos na igreja. No dia 8 de setembro, Eller comunicou aos seguidores que participaria do segundo retiro espiritual “Manaaim”, também na igreja Assembleia de Deus de Rio Verde. Após o retorno, a influenciadora reforçou que tinha renunciado à “prática homossexual”.

"Cura gay"

O processo de tentar mudar a sexualidade de pessoas homossexuais através de afirmações religiosas ou medicinais é chamado de “cura gay” ou "terapia de conversão". Geralmente, esses métodos que afirmam que uma pessoa LGBT+ pode se tornar uma pessoa hétero são realizados por instituições religiosas, mascarando o preconceito contra a comunidade LGBT+ em "nome da fé". O processo não é aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia. Não existem indícios ou pesquisas que confirmem a eficácia destas abordagens.

“Pessoas LGBT+ não estão doentes. Elas simplesmente existem como são. Adoecidos, de grave crueldade, são aqueles que querem tirar de alguém o que se é para que a pessoa se adeque ao preconceito alheio disfarçado de religiosidade”, declararam a deputada Erika Hilton e o deputado Pastor Henrique Vieira em publicação conjunta.

22-10-2023 às 22:05 Crente Conservador Bolsonarista
Infelizmente ela ainda não estava liberta dos demônios da luxúria.
17-10-2023 às 23:42 Zequinha
O DEPUTADO HENRIQUE VIEIRA E DEPUTADA HERIKA HILTON ESTÃO CORRETOS EM INVESTIGAR ESSES PASTORES EVANGÉLICOS, MERCENÁRIOS DA FÉ SOBRE ESSA HISTORIA DE CURA GAY.
17-10-2023 às 22:12 Simba
Tenso tudo isso! Em fim.................Boa noite.
17-10-2023 às 21:51 Observador
Por ser uma das mais antigas denominações religiosas evangélicas, Não imaginava que havia chegado a esse radicalismo! Embora em contato recente com uma que está num endereço há mais de 50 anos e no site consta como bem menos tempo, deu de perceber o marketing deles como igreja "jovem", a exemplo dessas surgidas em garagens e que fazem "pregações"!!!