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Casal gay denuncia loja por se negar a fazer convite de casamento

Nas redes sociais, a empresa disse que tem direito de seguir os princípios cristãos e citou "heterofobia".

por Redação MundoMais

Quarta-feira, 24 de Abril de 2024

Wagner Cardoso Soares e Henrique Nascimento publicaram o caso por meio de seus perfis em uma rede social, nesta terça-feira, 23. Com prints, o casal mostrou a resposta recebida pelo Jurgenfeld Ateliê; nas mensagens, a empresa diz não fazer convites para casamentos homossexuais.

"Seria bacana você procurar uma empresa que atenda às suas necessidades", escreveu a empresa após um pedido de orçamento.

O caso ganhou repercussão, e eles decidiram, então, registram um boletim de ocorrência por homofobia. Registro junto a Polícia Civil foi realizado na madrugada desta quarta-feira (24). Após a negativa, eles enviaram um texto ao ateliê lamentando a decisão. "É com profunda decepção que expressamos nossa profunda insatisfação com a recusa para o nosso casamento, simplesmente por sermos um casal homossexual. Ficamos chocados e entristecidos ao sermos informados de que nossa orientação sexual era um motivo para negar nossos convites de casamento".

"Infelizmente, a recusa da empresa em nos atender nos lembra que a discriminação ainda persiste em nossa sociedade, mesmo quando estamos celebrando um evento tão significativo como o casamento", disse Henrique Nascimento.

"Quem nos conhece de fato sabe que não se trata de homofobia ou qualquer tipo de preconceito, mas sim de princípios de valores", escreveu a empresa nos stories. O Jurgenfeld Ateliê publicou, inclusive, uma nota de repúdio onde citou o termo 'heterofobia'; o post não está mais disponível.

"Existe 'heterofobia?' Está aí uma pergunta que deveria ser introduzida nos livros de filosofia desse século (...) Hoje, chegamos ao nosso ápice. Não aguentamos mais ter que aguentar tantas críticas e questionamentos sobre o fato de não realizarmos casamento ou eventos homossexuais", dizia nota publicada no Instagram.

A loja justificou que segue princípios cristãos "independentemente da opinião da maioria da sociedade". "Aqui, na nossa empresa, acreditamos na família como ela é, e não estamos pedindo para ninguém que acredita ao contrário mudar de pensamento ou posicionamento", continua o texto.

Em um vídeo publicado no Instagram, os responsáveis pela empresa explicam que há dois anos negam serviços a casais homossexuais. "Mas hoje foi a gota d'água. Fomos retaliados por um casal que não aceitou a nossa posição, a nossa opinião, e tem de fato feito comentários no nosso Instagram, dizendo que homofobia é crime (...) Nós nos posicionamento assim, e estamos sendo taxados de homofóbicos. Nós temos que aceitar aquilo que elas são, mas as pessoas não podem aceitar que nós escolhemos fazer dessa maneira e trabalhar dessa forma", diz um dos donos do ateliê.

A loja foi procurada para comentar o caso, mas não houve retorno.

* onte: UOL

26-04-2024 às 07:38 Thiago
Sistema religioso mata
25-04-2024 às 21:30 Para Lipe
"Garotos de Programa" são bem procurados; homens que transam com homens que tal "traduzir" admitir que gays e bissexuais sejam homens (o óbvio)! Como me disse um vendedor de loja de roupas masculinas, podem ter colegas mulheres, mas elas nem sabem que o homem com "barriga" podem serem observados pelas outras partes do corpo que possuem (maroto disse que meu bumbum "discreto" mexia com imaginário dele :)
25-04-2024 às 19:08 Lipe
O casal gay acabou divulgando a loja. A maior parte das pessoas não gosta de gays; só que não fala em público. A loja terá agora um marketing absurdo.
25-04-2024 às 11:58 Procura outra
Procura outra que trabalhe com todos. Simples. Esses tipos de lojas caem por si. Pelo jeito nao estao precisando de dinheiro.
25-04-2024 às 06:16 Joelson
As pessoas não são obrigadas a aceitar a orientação sexual de ninguém. Realmente o casal passou por um constrangimento, foi lamentável mas não posso impor a minha orientação sexual pra ninguém. Respeito sempre, imposição nunca . Ninguém é obrigado a aceitar ( se não vira ditadura). RESPEITO, sou gay mas respeito a família, a religião, a sociedade e as leis.
25-04-2024 às 00:51 Crente Conservador Bolsonarista
Eu lavei umas roupas da minha irmã porque ela ta sem máquina de lavar. Minha dúvida é se eu levo de Uber ou levo no ônibus em duas viagens.
24-04-2024 às 20:51 Yorkin24
É sempre o mesmo princípio de desculpas: "quem nos conhece, sabe..." já sabemos até quem esse povo apoia, votou... partindo desse princípio (pra lá de equivocado), uma padaria, um mercado, loja de reparos, motel, hotel poderiam recusar seus clientes. Três letras: Aff
24-04-2024 às 20:44 André SP
A religião sempre colocando em risco a humanidade.
24-04-2024 às 18:19 !
Infelizmente, há muitos comércios que trazem dogmas de suas crenças para suas atividades! Quem limita o "alcance" de sua atividade, cedo ou tarde, acaba falindo! Record e SBT entenderam que religião e atividade comercial são como azeite e água (não se misturam)!