por Redação MundoMais
Terça-feira, 02 de Julho de 2024
A cantora Aretuza Lovi explorou as complexidades e o profundo impacto cultural da arte drag no Brasil. Com uma visão aguçada e reflexiva, Aretuza discutiu como a representação do movimento drag queen vai além da estética, desafiando normas sociais e culturais estabelecidas.
Para a artista, ser uma figura proeminente nesse movimento significa enfrentar uma série de desafios, incluindo a superação de preconceitos e a luta por aceitação em uma sociedade tradicionalmente conservadora.
No entanto, ela também celebra as significativas conquistas que têm sido alcançadas, destacando a crescente visibilidade e a influência positiva das drags na cultura popular e na promoção da diversidade.
Ao abordar as dificuldades, Aretuza destaca a necessidade de superar estereótipos e preconceitos na indústria. “Um dos maiores desafios é furar a bolha e mostrar que a nossa música não é feita apenas para um grupo, mas que ela transcende, é feita para todo mundo”, afirma.
Aretuza reflete sobre a resistência encontrada para tirar a música drag do nicho restrito. “É difícil tirar a nossa música do nicho, porque a gente vive numa sociedade muito machista, mas estamos dando pequenos passinhos. Conquistar outras pessoas com o nosso som ainda é o maior desafio, mas nós estamos conseguindo”, completa.
Em meio às transformações do cenário, Aretuza também destacou a importância fundamental desse movimento artístico na promoção da diversidade e inclusão. “Eu considero essencial, fundamental e de extrema importância. A arte drag é muito mais do que um homem vestido de mulher para um show. A arte drag é um movimento artístico que desconstrói para construir muitas coisas, que fala sobre muitos discursos, que é tão revolucionário e tão crescente. É muito importante tudo que as drags fazem, não só no Brasil como no mundo”, finalizou a artista.