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Autora discute ‘saída do armário’ e fé cristã em novo livro

Raquel Costa discute a dualidade do 'armário' em novo livro, entre refúgio e prisão para cristãos homossexuais.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 30 de Agosto de 2024

No Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado na última quinta-feira (29), a jornalista Raquel Costa lançou seu livro “Saindo do Armário e Ficando na Igreja: Uma história de fé. Sem Religião” na Livraria Travessa, localizada no Shopping Casa Park em Brasília. A obra de 110 páginas é um relato pessoal que mira apoiar a comunidade cristã homossexual através da experiência da própria autora.

Costa, criada em um lar Batista e envolvida desde cedo com atividades eclesiásticas, detalha no livro os desafios de ser homossexual dentro de um ambiente evangélico conservador. Ela fala sobre como a pressão para se conformar às expectativas tradicionais de orientação sexual a levou a buscar relacionamentos heterossexuais.

“Se eu estava namorando, não era gay e, se não era gay, paravam as provocações e o medo de ser quem eu era. Mesmo que isso causasse dor e frustração”, contou. O livro também destaca dados sobre a violência e saúde mental da população LGBT+, mostrando que o Brasil lidera as estatísticas de homicídios de homossexuais e aponta riscos elevados de depressão e suicídio, agravados em ambientes hostis à diversidade sexual e de gênero.

Confira a sinopse:

Das restrições vividas por crescer em um lar evangélico até a decisão de se assumir homossexual e não abandonar a igreja, o caminho não foi linear. Culpa, tristeza, medo, solidão, vergonha. 37 anos até a aceitação. Estas páginas narram essa trajetória. Está tudo aí: o sentimento de inadequação da infância, as culpas da adolescência, a solidão no início da fase adulta, as crises de ansiedade, o longo processo de aceitação, a conversa com o pastor da igreja que frequenta até hoje, os amores, as desilusões, o fim do silenciamento. Raquel é corajosa, consistente e não se limita a contar sua história. Também traz o relato de amigos homossexuais evangélicos que vivenciaram processos parecidos com o dela, além de entrevistar a psicóloga Marina Costa e os pastores Bob Luiz Botelho e Henrique Vieira. A homossexualidade ainda é um tabu na maioria das igrejas evangélicas. Nesse contexto, o relato de Raquel tem ainda mais impacto. Sua honestidade e franqueza são um convite à reflexão. Que mundo é esse que usa a religião para cercear a liberdade de milhares de pessoas? Por que reproduzir interpretações equivocadas da Bíblia e passar por cima do principal ensinamento de Jesus: o amor ao próximo? Raquel demorou a se entender merecedora de ser quem ela é. No entanto, quando ela o faz e acredita na sua voz, seu mundo se expande. E o nosso também.

Esconder-se no armário

Além de seu relato, Raquel Costa inclui no livro experiências de outros evangélicos homossexuais e entrevistas com especialistas como a psicóloga Marina Costa e os pastores Bob Luiz Botelho e Henrique Vieira. “A minha história não é única, muito menos meu sofrimento. E tanto minha história quanto o meu sofrimento se assemelham a milhares de outras histórias, felizes ou não”, afirmou.

A autora enfatiza que o armário, frequentemente usado como metáfora para ocultar a orientação sexual, pode ser ao mesmo tempo um abrigo e um castigo. Costa explora a dualidade desse “espaço”, que pode ser tanto um abrigo quanto um castigo. “Abrigo porque é nele que a gente se esconde enquanto tenta ser a pessoa que a nossa família, os amigos e a sociedade em que vivemos esperam. E castigo porque é um espaço onde só cabe a gente e todas as loucuras que vêm com vários sentimentos, junto do peso e da culpa de termos uma religião”, diz.

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30-08-2024 às 22:35 Zequinha
A SEXUALIDADE DAS PESSOAS É ALGO NATURAL, AS PESSOAS JÁ NASCEM COM SUA SEXUALIDADE DEFINIDA, QUEM DEMONIZA A SEXUALIDADE É A RELIGIÃO, ESSA SIM UMA CRIAÇÃO HUMANA.
30-08-2024 às 21:51 Hummm
Em situação recente da Igreja Católica de onde moro, percebi que a preocupação da religião é quando a Sexualidade é aflorada! Quando um membro da pastoral Católica, em missa até de Santo Antônio, olhou fixamente para mim, de eu perceber toda a virilidade dele querendo "me preencher", depois interromperam todo aquele encantamento dele e ele fez o Diaconato (fase que antecede a Ordenação sacerdotal ou ficam como Diáconos os que querem casar)! Noutras épocas a Igreja até afastaria de atividades na Comunidade quem desse algum indicativo de ser homo! Ficou nitido que possa ter tido conversa em off de ser "monogâmico" ao se relacionar com outro homem (transar como namorados)!
30-08-2024 às 17:48 Lenny
Vejo muitos esquerdistas acharem que há incompatibilidade entre gays e religiões cristãs, mas é besteira. Ser cristão é crer em Jesus como Deus, em Sua morte e ressurreição. Ser gay é ter atração por pessoas do mesmo sexo. Ponto. Acredita-se em Deus e gosta de sexo entre iguais.
30-08-2024 às 14:31 Eu
Tá bão.