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Autor francês reflete sobre homofobia e as cobranças familiares por masculinidade

No Roda Viva, o escritor Édouard Louis relata como a rejeição de seu pai em relação à sua homossexualidade moldou sua vida e carreira literária.

por Redação MundoMais

Sexta-feira, 25 de Outubro de 2024

Na último segunda-feira (21), o escritor francês Édouard Louis foi o convidado no programa Roda Viva, da TV Cultura, no qual discutiu temas como homossexualidade, machismo e as consequências desses na sua vida pessoal e relação com seu pai. Durante a entrevista, Louis compartilhou como sua orientação sexual impactou de forma negativa a visão que seu pai tinha sobre ele e sobre os sonhos que tinha para seu filho.

Louis relata que desde o nascimento, ele sentia que não atendia às expectativas tradicionais de masculinidade de seu pai. “Assim que nasci, quando aprendi a falar, a me movimentar, a andar, eu estilhacei os sonhos do meu pai. [Ele] sonhava em ter um filho másculo, durão, que jogasse futebol, que gostasse de mulher“, começou.

“Eu era um rapazinho gay, efeminado, que desejava outros rapazes e que tinha horror a esportes. Enfim, o corpo que encarnei era uma forma de traição, para o meu pai“, continuou o escritor. “Eu traí a masculinidade dele porque, como você disse, para que ele mesmo produzisse essa masculinidade, ele precisava ter um filho macho. Ser homem de verdade é levar o filho no jogo de futebol, ter conversas másculas com ele, ensiná-lo a consertar coisas, e eu não era assim“.

O autor também falou sobre o isolamento social provocado pela homofobia tanto em casa quanto no ambiente escolar, o que o levou a se afastar da família e de amigos de infância. “Me chamavam de bicha, biba, maricas, veado“, compartilhou.

Apesar de tudo, a rejeição o salvou

Louis enfatizou como a violência e rejeição que enfrentou na infância e adolescência foram, paradoxalmente, salvadoras. “Ela não me deixou outra escolha senão ir embora”, afirmou. “Por ter sido excluído, não tive outra escolha senão ir, ir para uma cidade maior, ir para a escola, ler livros, e não fiz tudo isso por ser mais inteligente que os outros, ou mais sensível que os outros“. Segundo o autor, seus livros são um litígio e guerra com a história da literatura, “na qual se contam sempre as histórias de pessoas que fogem do seu meio, da sua infância, como se elas fossem mais inteligentes, mais livres, mais sensíveis. Eu não era mais sensível, era simplesmente excluído e tive que partir por causa disso“.

01-11-2024 às 16:42 Para Gay de Direita
A gente sabia também driblar o contexto da época e, eu pelo menos conversar com professor de educação fisica, como se o futebol ou esporte em geral, fosse de meu interesse! Na semana da Formatura do então segundo grau, pedi para me despedir dele com uma lembrança dele e gemi! No vestuário, me beijou "literalmente todo" de perceber eu ser apertado, deixando para meu primeiro namorado, futuramente, me penetrar mas a abertura que eu estava e foi reticente; maroto pedi que me fecundasse! Ouvimos dai minha irmã, perguntando na quadra por mim; meu professor comentou que minha irmã (já com vinte anos) deveria ser virgem de homem ainda; ai eu comentei que homem era minha fruta preferida!
30-10-2024 às 10:25 gay de direita
Eu não acredito muito na história desse escritor. Ele é muito novo, a geração dele raramente enfrentou homofobia, principalmente na família, francesa, ainda por cima. Quem sofreu homofobia na infância e adolescência foi a galera como eu, na faixa dos 50.
27-10-2024 às 17:05 Jajá
Tom tá
26-10-2024 às 15:32 !
Eu percebo que a questão são os possiveis "excessos", isso é, a Homossexualidade aflorada! Quando a gente busca relacionar-se como namorado ou "ficante fixo, amante", há como um redesenho! Quando depois da Faculdade, percebi que meu então namorado e colega, quis ficar na mesma situação que antes da Faculdade, o pai dele me procurou e tivemos romance! Gostei que ele buscou aproximação, depois do namoro com o filho dele, ter acabado! Me senti lisongeado e valorizado!
25-10-2024 às 22:16 Zequinha
A sexualidade das pessoas não é uma opção de vida, cada pessoa tem sua sexualidade determinada pela natureza, não pelas convenções sociais.
25-10-2024 às 20:13 @
Tá.