por Redação MundoMais
Segunda-feira, 18 de Novembro de 2024
Após mais de uma década de planejamento e mobilização, Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo, realizou no último sábado (16) sua 1ª Parada LGBT+, reunindo cerca de 3 mil pessoas, segundo o portal Notícias da Praia, mesmo sob chuva e ventos fortes. Com concentração na Praça da Cultura, na Orla do Centro, a marcha percorreu a avenida principal da cidade até o Quiosque 31, na praia do Indaiá, onde as festividades continuaram até às 22h.
Organizado pelo bloco Gaiola das Loucas como proponente e por Anderson Gueiros, Natan Sereio e Tiago Barboza, o evento teve como tema “Celebrando o amor em todas as cores”. Gueiros destacou a longa trajetória para concretizar a iniciativa: “Demorou mais de 10 anos essa luta para realizar oficialmente a marcha, mas finalmente conseguimos tirar a parada do papel e levar às ruas principais de Caraguatatuba.”
Conquistas e avanços para a comunidade
Além de promover visibilidade e celebração, a Parada marcou avanços importantes, como a inauguração do primeiro ambulatório de tratamento hormonal e acompanhamento terapêutico exclusivo para pessoas transexuais e travestis, localizado na Uami (Unidade de Atendimento a Moléstias Infectocontagiosas) de Caraguatatuba. O ambulatório também busca se tornar referência na administração da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um medicamento preventivo contra o HIV.
Celebração e inclusão
Com DJs alternando estilos musicais como eletrônico, pop, rock e funk, além de performances de drag queens, o evento também atraiu turistas, moradores e comerciantes que elogiaram a organização e o clima de respeito. “A parada não é apenas uma marcha, mas um festival de amor e aceitação, aberto a todos que desejam apoiar a causa LGBT+”, afirmou Gueiros.
No Quiosque 31, os participantes encerraram o evento ao som da banda Michè e em clima de integração. Para Sôninha Molinaro, proprietária do espaço, o impacto do evento foi positivo para o turismo local: “Trata-se de um evento importantíssimo para a cidade que vive e depende do turismo. Tudo foi muito bem organizado, com a presença das famílias.”