por Redação MundoMais
Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma denúncia contra Júlio Cesar de Oliveira por filmar e divulgar cenas de sexo "de caráter íntimo e privado”, sem a autorização da vítima, o ator Reynaldo Gianecchini. O suspeito pode ser enquadrado em crimes com pena prevista de até cinco anos de prisão.
Segundo informações da colunista do jornal Folha de São Paulo, Mônica Bergamo, além dos crimes, também foi fixado um valor de R$ 100 mil de indenização para Gianecchini, que ficou “profundamente abalado” com a conduta do suspeito.
De acordo com as investigações, desde 2018, Julio tentava “insistentemente” entrar em contato com Gianecchini por meio das redes sociais. Nas conversas que mantinham por Whatsapp, ele passou a enviar “mensagens de conotações sexuais” e “fotos dele nu”, ao mesmo tempo em que “solicitava fotos da vítima”.
Em janeiro do ano passado, ele conseguiu convencê-lo a se despir e praticar atos libidinosos durante uma chamada de vídeo. "Sem que Reynaldo percebesse, e sem o seu consentimento, Julio registrou a cena com seu aparelho celular", relata ainda a promotora Ana Maria Aiello Demadis.
Gianecchini se afastou do suspeito após ele ter passado a demonstrar interesse apenas em “sua promoção pessoal”, solicitando vídeos e postagens em suas redes sociais, “para conseguir mais seguidores”.
Ainda de acordo com a promotora, após o afastamento, Júlio passou a querer se vingar. Ele teria humilhado a vítima para conseguir mais seguidores, divulgando o vídeo. As imagens circularam em várias redes sociais, foram noticiadas por meios de comunicação e até publicadas em sites pornográficos.
O nível de exposição causou “profundo abalo” no ator e concedeu fama “momentânea” para o suspeito. Após a divulgação do vídeo, Júlio tentou se eximir da responsabilidade, enviando mensagem para Gianecchini afirmando não saber como as cenas foram divulgadas nas redes sociais.
“Como se depreende exaustivamente das mensagens acostadas aos autos, tal versão é fantasiosa", defendeu a promotora.