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Curta provoca reflexão sobre amor e preconceito em famílias homoafetivas

"Escolhidos" aborda as contradições da fé e da espiritualidade, com um elenco majoritariamente LGBT.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

O curta-metragem "Escolhidos", dirigido por Pablo Diego Garcia, foi exibido pela primeira vez em uma sessão especial no Cinemark Eldorado, em São Paulo, no dia 10 de dezembro. A obra, protagonizada pelos atores e influenciadores Tiago Pessoa e Paulo Tardivo , aborda temas profundos como espiritualidade, preconceito e as complexidades das relações familiares. A produção destaca a importância de escolhas empáticas e verdadeiras, explorando os silêncios que muitas vezes dizem mais do que palavras.

O enredo acompanha uma família que enfrenta as contradições da fé e o impacto das aparências em suas vidas. Situado em um bairro aparentemente comum, o filme conduz o espectador por uma jornada emocional, onde os personagens lidam com questões que questionam o significado de ser "escolhido". "O aspecto religioso é central, mas não como julgamento ou pregação. Ele reflete sobre espiritualidade versus aparências, abordando como isso afeta nossas relações humanas", explica o diretor Pablo Diego Garcia.

Reflexões profundas sobre amor e preconceito

O roteiro, escrito por Tiago Pessoa, traz um tom autobiográfico e se inspira nas vivências do autor enquanto membro de uma família homoafetiva. "Eu queria expor como a religião ainda invisibiliza famílias como a nossa. Nossa história existe, estamos nas escolas, nos supermercados, nos campos de futebol, e precisamos estar também na arte. Afinal, a arte reflete a vida", destaca Tiago.

No curta, os filhos do casal, Sara e Davi , também fazem parte do elenco, tornando o projeto ainda mais pessoal. "É um privilégio trabalhar com a minha família em algo tão significativo. Queremos mostrar que somos iguais a qualquer outra família e que o amor é o centro de tudo", acrescenta Tiago.

Apesar do título "Escolhidos", o filme também questiona o conceito de exclusão. "O título traz uma dualidade. Por um lado, ser 'escolhido' sugere algo especial, mas, por outro, revela o impacto de sermos excluídos pelas crenças limitantes da sociedade. Espero que o público saia do cinema tocado e revoltado – uma revolta que inspire mudança e aceitação", conclui Tiago.

Representatividade e impacto sensorial

Para Pablo Diego Garcia, a representatividade no elenco e na equipe de produção foi natural e essencial para a autenticidade da narrativa. "O set foi um ambiente de troca e respeito. Ter pessoas LGBT+ no elenco não foi uma escolha política, mas uma representação verdadeira das histórias que contamos", explica. Ele também ressaltou o papel do som no filme: "O som é como um personagem, traduzindo tensões que as palavras não alcançam. Quero que o público sinta, pense e carregue algo além do filme."

Com apenas nove minutos de duração, "Escolhidos" traz questões universais que ressoam em qualquer cultura. A produção será enviada a festivais internacionais, com a expectativa de ampliar o alcance da história. "Essas temáticas de empatia, fé e aceitação são compreendidas em qualquer lugar. É um convite para o público refletir sobre como nos conectamos com os outros e sobre nossas próprias contradições", observa Pablo.

Protagonismo e sensibilidade

O impacto de "Escolhidos" vai além de suas mensagens explícitas. "Espero que o filme seja uma ponte para o diálogo sobre famílias homoafetivas e que inspire outros a refletirem sobre suas crenças. Ele não tenta justificar nossa existência, porque não precisamos disso; apenas mostramos que estamos aqui", enfatiza Paulo Tardivo.

A estreia do curta é mais um passo significativo na carreira de Pablo Diego Garcia, que já é reconhecido por seu trabalho no teatro e no audiovisual. Ele reforça que o filme é uma celebração de amizade e criatividade. "Contar essa história foi um desafio e uma honra. Espero que ela inspire o público a enxergar o mundo com mais empatia e menos julgamentos", finaliza o diretor.

17-12-2024 às 21:01 Jorge Jorge
Esses rapazes são lindos e os pratos que indicam são ótimos. A religião Cristã significa liberdade, livre arbítrio. A Cruz trouxe a compreensão. Por reducionismo intelectual grave, e agravado pela agenda woke, a maioria dos gays associa a o Cristianismo com repressão à homossexualidade. Nada mais falso, burro e insustentável do ponto de vista histórico.
13-12-2024 às 15:31 eu
a religião reflete na vide de muitos casais homossexuais ou heterossexuais, conheço história de mulher que apanha do marido e não se separa por causa da igreja . conheço um testemunho de Jeová que tem uma esposa abusadora não se separa com medo da retaliação da igreja e vive uma vida de merda de mentiras pegando na rola de uns carinhas escondido e sendo ferrado pela esposa ...
12-12-2024 às 21:17 '
Tá.