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Distribuição de medicamento em dose única para HIV é ampliada pelo SUS

Pacientes acima de 40 anos com terapia dupla poderão migrar para Dovato, reduzindo comprimidos diários para apenas um.

por Redação MundoMais

Quinta-feira, 09 de Janeiro de 2025

O Ministério da Saúde atualizou o tratamento de pessoas vivendo com HIV (PVHIV), expandindo o acesso ao medicamento Dovato, uma dose única combinada de lamivudina e dolutegravir. A nova recomendação permite que pacientes com mais de 40 anos, que iniciaram a terapia dupla até 1º de setembro de 2024, migrem para o tratamento simplificado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ampliação do medicamento no SUS

A mudança reduz a ingestão diária de três comprimidos para apenas um. O Dovato é produzido no Brasil por meio de uma parceria entre GSK/ViiV Healthcare e Farmanguinhos/Fiocruz e é distribuído gratuitamente pelo SUS. Segundo especialistas, a combinação simplificada reduz os riscos de efeitos colaterais e melhora a adesão ao tratamento.

“O Dovato é um medicamento inovador. Além de ser de pílula única, ele diminui a quantidade de antirretrovirais usados pelos pacientes, já que possui apenas dois componentes, o que reduz sua toxicidade enquanto mantém a eficácia e a alta barreira à resistência de regimes tradicionais com mais medicamentos. Ou seja, ele oferece um tratamento mais simples, de fácil adesão e com menos riscos aos pacientes, o que melhora sua qualidade de vida”, diz o infectologista Rodrigo Zilli, diretor médico da GSK/ViiV Healthcare.

A atualização também contempla pacientes que fazem uso da terapia “3 em 1” com tenofovir, lamivudina e efavirenz há mais de 12 meses. Pessoas com comorbidades, polifarmácia ou uso prolongado de tenofovir são consideradas prioritárias para a migração.

Avanços na saúde

A introdução do Dovato busca enfrentar dificuldades na aquisição de medicamentos em dose única produzidos internacionalmente e oferece uma alternativa nacional. Atualmente, cerca de 80 mil pessoas já utilizam o tratamento com dose única no Brasil, enquanto 45 mil permanecem na terapia dupla.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2007 e junho de 2024, foram notificados mais de 540 mil casos de HIV no Brasil. Em 2023, 46.495 novos diagnósticos foram registrados, mas a mortalidade relacionada ao vírus caiu 32,9% nos últimos dez anos, com média de 3,9 óbitos por 100 mil habitantes.

Especialistas reforçam a importância do início rápido do tratamento após o diagnóstico e do uso correto dos antirretrovirais para atingir carga viral indetectável, um conceito conhecido como “indetectável = intransmissível” (i=i), que elimina o risco de transmissão do vírus. “Consideramos que este é mais um importante avanço no combate ao HIV no país. É essencial que as pessoas diagnosticadas com o vírus iniciem o tratamento o mais rápido possível e façam o uso correto dos antirretrovirais, como forma de garantir o controle da infecção e prevenir a evolução para a Aids”, completa Dr. Zilli.

O Dovato está disponível para pacientes do SUS mediante prescrição médica, seguindo critérios estabelecidos na Nota Técnica 214/2024. Mais informações podem ser obtidas nos centros de saúde.

09-01-2025 às 12:49 Feliny
Sim, MASSSS>>>>>>>>>>>>>>USEM SEMPRE>>>>>>>CAMISINHA!!!!!